Amazon tem fornecedores ligados a trabalho forçado na China
11:23 10/03/2022
Apesar das crescentes pressões do governo norte-americano para que as empresas do país não estendam suas cadeias de suprimentos a locais da China acusados da prática de trabalhos forçados, a Amazon continua contrariando as determinações governamentais. No início deste semana, o grupo de vigilância Projeto de Transparência Tecnológica (TTP em inglês) denunciou a existência de cinco fornecedores da Amazon em situação irregular.
De acordo com o TTP, um grupo de pesquisa administrado pela organização sem fins lucrativos Campaign for Accountability, os fornecedores denunciados produzem dispositivos e produtos com a marca Amazon Basics, mas estão ligados aos chamados programas de “transferência de mão de obra” chineses.
Ainda segundo o relatório, alguns dos vendedores terceirizados da Amazon podem mesmo estar trabalhando diretamente com produtos oriundos da região ocidental chinesa de Xinjiang, lugar onde o governo do país alocou centenas de milhares de uigures e outras minorias étnicas, para realização compulsória de trabalhos manuais extenuantes. As importações da região são consideradas “contaminadas por trabalhos forçados” nos EUA.
O que diz a Amazon?
A diretora do TTP, Katie Paul, destaca que os negócios da Amazon têm uma forte ligação com a China, embora a companhia esteja até agora livre da acusação de envolvimento com empresas ligados ao trabalho forçado, como ocorre com outras Big Techs. A produção em massa de produtos tradicionais da gigante de Seattle, como os dispositivos Kindle e Echo, é feita na China.
As empresas parceiras da Amazon acusadas de ligações com os programas chineses de mão de obra são: Luxshare Precision Industry (e mais duas subsidiárias), AcBel Polytech e Lens Technology.
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