Áreas com florestas plantadas em MS crescem quase 900% em 11 anos
16:35 25/10/2019
[Via Campo Grande News]
Dados do Censo Agropecuário de 2017, divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontou aumento de quase 900% nas áreas de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul entre 2006 e o ano do levantamento, atingindo 1,11 milhão de hectares –frente aos 124 mil iniciais. O eucalipto, utilizado para abastecer as fábricas de papel e celulose e de MDF no leste do Estado, é a principal variedade cultivada.
A concentração do mercado consumidor naquela região foi destacada pelo titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, segundo quem “esse movimento já era esperado”, já que os investimentos em papel e celulose naquela região desde 2006 foram “significativos, chegando à faixa dos vários bilhões de reais”.
O aumento nas áreas plantadas com floresta foi de 862%. Três Lagoas, com 282.475 árvores, e Ribas do Rio Pardo, com 214.042, ocupam a primeira e segunda posições nacionais em números de pés de eucaliptos. O ranking ainda destaca Água Clara na oitava posição do país, com 111.509 árvores, e Selvíria, com 93.511, na 11ª colocação. Ao todo, são mais de 1,1 milhão de árvores no Estado, o terceiro do Brasil no quantitativo geral.
O Censo Agropecuário 2017 apontou que 85,54% da área de Mato Grosso do Sul é ocupada por estabelecimentos agropecuários, sendo 69,2% com menos de 100 hectares e 9,62% com mais de mil. No total, foram visitados 71,2 mil estabelecimentos em uma área de 30,5 milhões de hectares –aumento de 0,9% de área total ocupada, o terceiro maior número do Brasil se comparada à área total, atrás de Mato Grosso e de Minas Gerais.
O total de cabeças de gado recuou 5,5% em comparação com 2006, chegando a 19,4 milhões de animais, o terceiro maior rebanho do Brasil (novamente atrás de Mato Grosso e Minas Gerais). Antes, eram 20,6 milhões. Por outro lado, o volume de suínos cresceu 62%, passando de 864,3 mil para 1,4 milhão; e o de frangos 14,07%, de 24,7 milhões para 28,2 milhões.
“O Censo Agro 2017 é uma fotografia dos estabelecimentos agropecuários e trabalhadores rurais do Brasil”, destacou Henrique Noronha, coordenador técnico do estudo. O estudo também apontou que não houve renovação gerencial nos estabelecimentos agrícolas do país, tendência seguida no Estado –houve queda na participação de pessoas com menos de 25 anos no comando das atividades, e aumento nas faixas de 45 a 75 anos.
Do total, 7,02% não sabem ler ou escrever, ante 23,03% da tendência nacional. No Estado, 28% dos estabelecimentos rurais são comandados por mulheres, frente a 33,6% da média nacional.
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