Internacional

Aumento dos combates impede ajuda humanitária na Ucrânia

Circuito MS

14:27 07/04/2022

Conflitos continuam a afetar áreas residenciais

O porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o aumento dos confrontos na Ucrânia está impedindo que a ajuda humanitária chegue aos mais necessitados.

“Recebemos relatos de aumento de combates, bombardeios e confrontos na região de Donbass, no Leste, bem como nas províncias do Sul do país. Os confrontos continuam a afetar áreas residenciais e a danificar infraestruturas importantes”, alertou Stéphane Dujarric.

Isso “impede que as pessoas presas nas cidades cercadas tenham acesso a mantimentos vitais ou possam retirar-se em segurança”, disse o porta-voz, acrescentando que a entrega de ajuda humanitária está sendo limitada em diferentes partes da Ucrânia.

“Mariupol, Kherson, Mikolaiv e partes das províncias de Lugansk e Donetsk são as áreas mais afetadas. Em Mikolaiv, os bombardeios danificaram um hospital infantil, um orfanato e um centro de oncologia há dois dias”, afirmou.

Dujarric observou que 6 milhões de pessoas na Ucrânia “lutam todos os dias para ter acesso a água, necessidade humana essencial, e que 4,6 milhões de pessoas têm acesso limitado à água ou dependem de fontes inseguras”.

Os danos à infraestrutura deixaram “mais de 1,4 milhão de pessoas” em todo o país sem acesso à água potável, especialmente nas províncias de Lugansk e Donetsk, mas também em partes de Kharkiv, Sumy, Chernigov e Mikolaiv, disse o porta-voz.

Na cidade de Lozova, em Kharkiv, mais de 60 mil pessoas estão sem abastecimento de água e 40 mil sem eletricidade desde 2 de abril, na sequência de intensos combates que danificaram a infraestrutura.

Dujarric lembrou que os doadores forneceram mais US$ 50 milhões “para apoiar o trabalho humanitário crítico na Ucrânia”. Ele defendeu a necessidade de “mais fundos” para ajudar quem foi prejudicado pela guerra.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, segue para a Ucrânia, onde se vai reunir com altos funcionários do governo.

Via RTP

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