Bolsonaro volta a dizer que isolamento social prejudicou economia do País
21:35 29/03/2022
Ao entregar títulos em Ponta Porã, presidente disse que mortes também poderiam ter sido evitadas com tratamento precoce
Durante agenda em Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a responsabilizar medidas adotadas no início da pandemia pela atual situação econômica do Brasil.
A afirmação foi feita durante evento para entrega de títulos de propriedade rural às famílias do Assentamento Itamarati, em Ponta Porã.
No que se refere à economia, a crítica foi especificamente ao isolamento social.
“Vocês sabem que o Brasil atravessa um momento difícil, temos inflação, aumento de preços, aumento de combustível, mas isso trem uma causa lá de trás, a questão da pandemia, que a gente sempre lamenta as mortes, contudo a política errada adotada por muitas autoridades do nosso país, que era aquela de ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’, estamos pagando caro por causa disso”, disse.
Com relação as mortes por Covid-19, o presidente voltou a afirmar que poderiam ter sido evitadas com a adoção do chamado tratamento precoce, sem comprovação científica.
“Tem um deputado federal aqui, o Ovando (PP), médico, que troca mensagem comigo sobre questões da pandemia. O tempo nos dirá Ovando, que estávamos no caminho certo. Se medidas adotadas por você como médico fossem realmente implementadas em nosso país, muitas pessoas estariam vivas ainda entre nós”, disse Bolsonaro em seu discurso.
O presidente também citou o problema com fertilizantes, devido a invasão da Rússia da Ucrânia, que tornou instável o mercado dos insumos e já gerou aumento de preços.
Ele enalteceu o trabalho da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que negocia a importação de fertilizantes com outros países.
“A Tereza bem sabe que o mundo atravessa um problema sério com fertilizantes, desde março do ano passado nós trabalhos nisso, o problema eclodiu há poucos meses, mas vínhamos já tomando providencia no tocante a isso”, disse.
“Nós não podemos deixar que ocorra no Brasil e no mundo uma guerra pela segurança alimentar, podemos ficar sem muita coisa, mas sem alimento é impossível sobreviver”.
Ainda em seu discurso, o presidente relembrou da época em que serviu ao Exército em Nioaque, por três anos, e reencontrou antigos colegas de farda.
“Se de ontem para hoje passei uma noite mal dormida, pode ter certeza que terei um dia bem ativo aqui em Ponta Porã ao lado de vocês”, disse, se referindo a um desconforto abdominal que o levou ao hospital.
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