Brasileiros deixam de resgatar R$ 8,4 bilhões de valores a receber
10:58 06/07/2024
Banco Central alerta para valores não sacados e reforça medidas contra golpes de estelionatários
O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (5) que ainda há R$ 8,4 bilhões em recursos não resgatados pelos brasileiros até o fim de maio. Segundo os dados do Sistema de Valores a Receber (SVR), das quantias disponíveis pelas instituições financeiras, R$ 7,13 bilhões já foram sacados, de um total de R$ 15,49 bilhões.
Até maio, 21.266.542 correntistas haviam efetuado resgates, o que equivale a 32,27% dos 65.896.646 incluídos na lista desde fevereiro de 2022. Dos que realizaram saques, 19.819.974 são pessoas físicas e 1.446.568 são pessoas jurídicas. Ainda há 41.284.748 pessoas físicas e 3.345.356 pessoas jurídicas que não resgataram seus valores.
A maioria dos beneficiários com valores a receber tem direito a quantias pequenas: 63,6% têm valores de até R$ 10. Outros 24,86% estão na faixa de R$ 10,01 a R$ 100, enquanto 9,77% têm valores entre R$ 100,01 e R$ 1.000. Apenas 1,77% têm direito a mais de R$ 1.000.
Após um período de inatividade de quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023 com várias melhorias, incluindo um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em maio, foram sacados R$ 327 milhões, um aumento em relação aos R$ 290 milhões do mês anterior.
Outras melhorias incluem a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento via WhatsApp, além da inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Uma nova funcionalidade é a sala de espera virtual, que permite que todos os usuários consultem seus valores no mesmo dia, sem restrições por data de nascimento ou fundação da empresa.
O SVR também passou a incluir novas fontes de recursos esquecidos, como contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas e contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras. Além disso, continua abrangendo valores como contas-corrente ou poupança encerradas, cotas de capital de cooperativas de crédito, recursos de consórcios encerrados, tarifas indevidas e cobranças indevidas de operações de crédito.
O Banco Central alerta para golpes de estelionatários que se aproveitam da situação para enganar os correntistas. Todos os serviços do SVR são gratuitos, e o Banco Central não envia links nem entra em contato para tratar de resgates ou confirmar dados pessoais. Apenas a instituição financeira identificada no SVR pode contatar os cidadãos, e nenhum cidadão deve fornecer senhas a terceiros.
Via Correio do Estado MS
Comente esta notícia
compartilhar