Campo Grande é uma das capitais do Brasil que não tem casa de acolhimento à população LGBTI+
8:39 28/05/2022
A capital conta com instituições de apoio à população LBGTI+, que atuam por meio de doações e voluntariado
Em algumas capitais do Brasil, há casas de acolhimento para a população lgbtqia+, que por algum motivo, não estão mais em suas casas, foram expulsas de suas residências, terem um local para se abrigar. No entanto, Campo Grande ainda não é uma delas.
Na capital sul-mato-grossense existem apenas projetos que auxiliam a população lgbtqia+, dois deles são a Casa Satine e a House da Vogue Dance, ambas trabalham com o voluntariado.
Karla Melo, uma das coordenadoras da Casa Satine, informou que o projeto iniciou em 2017 com o intuito de acolher a população lgbt que se encontra em situação de rua, mas até o momento não tem um local físico para abrigas as pessoas.
Segundo Karla, quando há demanda de abrigo, eles encaminham para locais do estado e do município, que são direcionados para acolher pessoas que estão em situação de rua. A Casa Satine trabalha com atendimento psicológico, psiquiátrico, jurídico e cultural.
“Temos também uma parte cultural, que é a parte que eu coordeno dentro da casa, levando shows e a cultura lgbt para a população em geral e pra nós mesmos, dialogando com o nosso público”, informa Melo.
Todos os profissionais que atuam na Casa Satine são voluntários e os recursos são todos de forma voluntária, como arrecadação de alimentos e roupas. Há também recursos do poder estadual e municipal, em prol da realização dos eventos.
A House da Vogue Dance é de origem norte-americana. Segundo a mother da House Hands Up em Mato Grosso do Sul, Roger Pacheco, a casa é muito forte nos Estados Unidos, lá, a casa acolhe lgbts que fogem ou são expulsos de casa, e ajudam com despesas, aluguel, água, luz, entre outras coisas.
“Em Campo Grande há uma idealização ainda. A gente não tem uma casa onde essas pessoas moram, a gente funciona como uma house de vogue dance, e além de dança, a gente ajuda com dinheiro, nem sempre, só quando algum das nossas precisam, a gente ajuda com dinheiro, alimentação, cesta básica, passe de ônibus, produtos de higiene pessoal, essas coisas”, informa Pacheco.
Via Correio do Estado MS
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