Previsão do Tempo

Campo Grande fecha janeiro com chuva acumulada de 50 a 278 mm

Circuito MS

12:16 01/02/2025

Três Lagoas, Corumbá, Coxim, Dourados e Ponta Porã também tiveram seus registros instáveis, mas, mesmo assim, ficaram abaixo da média histórica

Ano novo chegou, mas o problema das chuvas continua o mesmo. O primeiro mês do ano acabou e, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Três Lagoas, Corumbá, Coxim, Dourados e Ponta Porã registraram precipitação mensal abaixo da média histórica, enquanto Campo Grande é marcado por diferença de precipitação em algumas regiões.

Na capital, há três registros com números “completamente” distintos. Na estação da UPA Aparecida Gonçalves (Universitário), choveu 278 mm, dado próximo do apontado na Santa Luzia, que marcou chuva de 275,6 mm durante os primeiros 30 dias do ano. 

Porém, na estação próxima ao Centro, foi registrado um número bem abaixo dos outros dois, com precipitação de 50,8 mm. A média histórica de Campo Grande em janeiro é de 225,4 mm.

Acerca dos municípios do interior, começando pelo maior deles, Dourados também registrou dados bem diversos. Na estação próxima ao Aeroporto, foi apontado uma chuva mensal de apenas 8,2 mm. Mas, no Centro da cidade, foi marcado 153,2 mm, uma diferença bem grande ao número anterior. Independente disso, ambas as estações ficaram abaixo da média histórica do município, que é de 168,1 mm.

Indo para Três Lagoas, a cidade que faz divisa com o estado de São Paulo também tem dois registros diferentes: 26,8 mm (Centro) e 63,4 (UPA São Carlos). A média histórica do município é de 241,3 mm, ou seja, ambas as estações ficaram consideravelmente abaixo do “normal” em janeiro.

Indo para o Norte de Mato Grosso do Sul, Coxim obteve um acumulado de 115,2 mm, na estação próxima ao 47º Batalhão de Infantaria. Mesmo assim, ficou abaixo da média histórica, que é de 248,8 mm.

Ao analisar as duas cidades fronteiriças, Corumbá e Ponta Porã, ambas também ficaram abaixo da média histórica, que é de 155,3 mm e 230,5 mm, respectivamente. O município que faz fronteira com a Bolívia registrou duas marcas diferentes, mas próximas: 63,8 (E.M. Luiz Fernandes) e 66,6 (Centro). Já na que faz divisa com o Paraguai, também houve dois registros distintos: 39,8 mm e 163,8 mm (Ferroviária I).

Próximo trimestre (Fev-Mar-Abril)
As chuvas no trimestre entre fevereiro e abril de 2025 devem ficar abaixo da média histórica em Mato Grosso do Sul, enquanto as temperaturas devem alcançar marcas acima da média. A tendência meteorológica para os próximos três meses foi compilada pelos técnicos do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), órgão do Governo de Mato Grosso do Sul vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

O estudo aponta para um cenário de mudanças climáticas seguindo o que se observa nos últimos anos, com períodos mais longos de estiagem e ondas de calor intenso. As chuvas devem variar entre 400 a 500 mm em grande parte do estado, com exceção das regiões leste/nordeste e oeste, onde a média deve ser entre 300 a 400 mm.

Já as temperaturas médias devem variar entre 24°C a 26°C, com ligeira elevação na região noroeste (26°C a 28°C), enquanto nas regiões sul e sudeste devem ficar entre 22°C a 24°C.

Segundo o levantamento, apenas um dos municípios de Mato Grosso do Sul deve ter chuva acima da média no período: Bataguassu, onde deve chover 33,5% acima da média.

Saiba
O Inmet emitiu um alerta amarelo de chuvas intensas para 617 municípios brasileiros, incluindo 30 de Mato Grosso do Sul. O aviso coloca como risco potencial para chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos (40-60 km/h). É previsto que este alerta dure até às 18h deste domingo (2).

Via Correio do Estado MS

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