Campo Grande passa a ter pontos de coleta de lâmpadas domésticas
10:35 16/05/2018
[Via Campo Grande News]
Uma parceria entre a associação Reciclus e o Ministério do Meio Ambiente disponibiliza 3 pontos para coleta de lâmpadas domésticas em Campo Grande. As lâmpadas fluorescentes têm componentes que demandam um fluxo específico na coleta e destinação final. Por isso, o descarte incorreto, como no lixo comum, pode causar diversos problemas ambientais.
A iniciativa contou com diversos segmentos da sociedade e atende à determinação da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a Lei Federal nº 12.305/2010. A legislação cita a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e na logística reversa (LR) como soluções para o descarte correto de itens que podem causar danos ao meio ambiente
A Reciclus afirma que o objetivo é envolver toda a sociedade e a cadeia produtiva em um movimento estruturado de coleta de lâmpadas ao final de sua vida útil, além de promover a destinação final ambientalmente adequada.
Campo Grande foi escolhida por se encaixar nas condições estabelecidas pelo Ministério do Meio Ambiente. É o que explica o gestor da Reciclus, Willian Guttierrez., que destaca a capacidade de reciclagem da Capital.
“Quando a Reciclus fez o acordo setorial junto com o Ministério foram levados em consideração alguns critérios para estabelecer o cronograma. Densidade demográfica, renda percápita, número de domicílios com energia elétrica instalada e o potencial de retorno de reciclagem”, comenta.
A população da Capital pode levar as lâmpadas direto nos pontos de coleta. Os endereços são o Carrefour, na Avenida Afonso Pena, nº 4.909, no bairro Santa Fé; na Leroy Merlin, na Avenida Cônsul Assaf Trad, nº 6170, Parque dos Novos Estados e no Walmart, na Avenida Mato Grosso, nº 1.959, no Centro.
Reciclagem – O processo de separação dos componentes utiliza tecnologia avançada, sob circunstâncias especiais e em ambiente controlado, para que não haja a contaminação do ambiente e das pessoas que operam os equipamentos.
O processo, segundo a associação, separa os componentes de metal (terminais de alumínio, soquetes, e estruturas metálicas), o vidro (em forma de tubo, ou outra), o pó fosfórico (pó branco contido no interior) e, principalmente, o mercúrio, que é extraído e recuperado em seu estado líquido elementar.
“A reciclus coleta as lâmpadas, leva até uma empresa descontaminadora e essa empresa descontamina. Ela separa todos os materiais do mercúrio que é o material contaminante. Em 95% do material da lâmpada volta pro mercado, inclusive o mercúrio. Ele pode sair daqui para qualquer local do Brasil”, destaca o gestor.
Ainda é possível reutilizar os resíduos na fabricação de outros produtos: vidros na produção de novos vidros para uso não alimentar; pinos de latão que podem ser fundidos e utilizados para produção de novos materiais; e pó fosfórico que, uma vez livre do mercúrio, pode ser reutilizado em fábricas de cimento ou asfalto.
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