Campo Grande passa por situações atípicas de doenças fora de época, diz secretário
11:25 14/05/2022
Houve epidemia de H3N2 em dezembro, aumento de síndrome respiratória e agora alta na dengue
Nos últimos meses Campo Grande tem passado por situações atipicas, com surtos de casos de doenças fora de época, segundo o secretário municipal de Saúde José Mauro Filho.
Atualmente, a cidade enfrenta uma alta de casos notificados de dengue, no período em que, geralmente, começam a decair as notificações.
Além disso, em dezembro do ano passado, houve uma epidemia de Influenza H3N2, doença geralmente notificada em períodos de frio, e não no verão.
Com relação especificamente a dengue, José Mauro Filho disse que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) está monitorando a situação.
“Nos outros anos a gente observou a inversão dessa curva em maio, abril é o pico, mas a queda acontece em maio”, explicou o secretário.
“Estamos observando as próximas três semanas, porque houve um aumento importante, o que chama a atenção em relação exatamente a esse pico, se chegamos a esse pico ou não, se vai ser em maio ou junho essa queda, as próximas três semanas são bem importantes”, acrescentou.
José Mauro ressalta ainda que a incidências de várias doenças, a Sesau monitora todas para definir a prioridade do momento e somar esforços e focar recursos disponíveis para atender a população da melhor forma possível.
“A gente está acompanhando de perto, Campo Grande tem passado por situações recorrentes e atipicas, teve em dezembro a H3N2, numa época quente e chuvosa que não é época de incidência respiratória, acometeu muito a H3N2, a gente teve depois a variante Ômicron da Covid”, citou.
Ainda segundo o secretário, após a estabilização e queda de casos da Influenza, que ocorreu no início deste ano, houve aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças.
“H3N2 estabilizou, foram 45 dias, só que aí veio as SRAGs pediátricas, que é o que está agora na fase decrescente já. A gente chegou a 1,5 mil atendimentos diários e hoje em torno de 900, o normal é 500. Tem ainda um aumento de volume, mas já está em decrescente”, explicou.
Com a estabilização dos casos de SRAG, começaram a aumentar as notificações da dengue.
Dados do boletim epidemiológico, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), apontam que existem 11.620 casos prováveis de dengue e nove mortes pela doença em Mato Grosso do Sul.
Passado o período sazonal da dengue, que o secretário espera que seja até junho, entra o período onde, historicamente, começam a surgir os casos de Influenza, com o início do inverno.
“As doenças respiratórias normalmente não tem esse ciclo tão arrastado como foi o Covid, o Covid é uma outra realidade. Então tudo isso é fonte de monitoramento, aumenta ao mesmo tempo. E a gente tem que ver qual a prioridade do momento”, disse.
Via Correio do Estado MS
Comente esta notícia
compartilhar