Campo Grande registrou o maior índice de inflação dentre as 16 regiões pesquisadas pelo IPCA
9:23 12/10/2020
O resultado foi influenciado pela alta no preço das carnes, da gasolina e da energia elétrica
Pelo segundo mês consecutivo a Capital registra a maior taxa em relação às regiões pesquisadas; desta vez foram 16. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Campo Grande fechou o mês de setembro com aumento de 1,26% no Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA). No Brasil, o IPCA foi de 0,64%, acumulando uma alta de 1,34%.
Em agosto, já em destaque, se comparada às outras capitais, a taxa de Campo Grande subiu 1,04%, ou seja, de lá pra cá foram registrados 0,22 pontos percentuais a mais.
O resultado foi o maior para a cidade desde o início deste ano, sendo influenciado pela alta nas carnes (6,63%), na gasolina (2,69%) e na energia elétrica (3,41%).
ÍNDICES MENSAIS
Analisando em ordem decrescente, na Capital, o grupo que sofreu a maior aceleração no mês foi o de Alimentos e Bebidas (3,60%), em função dos alimentos para consumo em domicílio.
As variações que se destacam são a do tomate (33,39%) e do arroz (17,33%), que acumulam no ano altas de 14,52% e 42,03%, respectivamente. Além de outros produtos importantes, como como o óleo de soja (11,84%), o leite longa vida (6,73%) e as carnes (6,63%) também subiram.
Ainda em Alimentos e Bebidas, também houveram quedas: mamão (-17,03%), melancia (-13,59%), batata-inglesa (-3,68%), ovos de galinha (-2,75%) e alho (-2,21%).
Um setor que, assim como o índice da Capital, também cresceu pelo segundo mês consecutivo foi o de alimentação fora do domicílio, com alta de 1,28% em setembro, influenciada pela alta nos preços do lanche (4,10%) e da refeição (0,06%).
Continuando a lista, a segunda maior aceleração foi no grupo Habitação (1,38%), o maior impacto no índice do mês veio da energia elétrica, cujos preços subiram 3,41%, devido ao aumento da alíquota de PIS/COFINS.
No mesmo sentido, a segunda maior variação do grupo veio do cimento (3,40%), que acumula no ano alta de 8,10%. Destaca-se também a alta do gás de botijão (2,25%).
Em terceiro lugar ficam os Transportes (1,14%) os preços subiram pelo quarto mês seguido, embora tenham desacelerado em relação a agosto (0,82%). A gasolina, com alta de 3,22% em agosto, subiu 2,69% em setembro, contribuindo com 0,09 p.p.
Ainda em Transportes, outro destaque foram as passagens aéreas, com alta (14,90%) após a queda de 2,65% em agosto. Já nas quedas, o destaque vai para o recuo de 1,31% do etanol.
Em virtude das joias e bijuterias (3,24%), os calçados e acessórios (0,62%) e roupa feminina (1,04%)., o grupo Vestuário (0,74%) subiu pelo terceiro mês consecutivo em Campo Grande.
Os itens em queda foram as roupas infantis (-0,66%) e as roupas masculinas (-0,62%).
No último grupo, Artigos de Residência (0,40%), a alta ocorreu principalmente por conta dos itens consertos e manutenção (2,19%), TV, som e informática (2,08%) e cama, mesa e banho (1,19%). No lado das quedas estão os Utensílios e enfeites (-0,97%) e Mobiliário (-0,40%).
QUEDAS
O grupo com contribuição negativa mais significativa no IPCA foi o de Saúde e consumos pessoais, com queda de -0,23%. O número se deve ao item plano de saúde (-2,34%).
Além dele, os grupos de Educação e Comunicação também apresentaram recuo de 0,10% e 0,07% respectivamente.
Via Correio do Estado
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