Campo Grande tem oitava alta consecutiva no índice do IPCA
16:36 10/02/2021
Taxa de janeiro foi pressionada pela alta da gasolina e das taxas de água e esgoto
Com a divulgação do levantamento de janeiro, Campo Grande registrou a 8ª alta consecutiva no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Conforme os dados, o Índice subiu 0,53%, cerca de 0,98 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em dezembro (1,51%)
A pesquisa , que calcula tendências da inflação, por meio de comparativos, é desta terça-feira (09), e foi publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para a alta de Campo Grande pesaram os preços da gasolina (2,42%) e as taxas de água e de esgoto (4,90%). Ao longo do último ano, o acumulado de alta no IPCA soma 7,28%.
No todo, dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram alta em janeiro. Apesar da desaceleração, com relação ao mês de dezembro (2,99%), o grupo de Habitação apresentou a maior variação (1,36%), com 0,20 p.p. de impacto.
Na sequência veio o setor de Alimentação e Bebidas (0,63%) e, depois, os grupos Despesas pessoais (0,79%) e Transportes (0,30%), que foi influenciado pela alta da gasolina.
O único setor que apresentou queda foi o de Comunicação, com variação de -0,22%.
Em relação à escalas individuais, o gerente da pesquisa do IPCA, Pedro Kislanov, o maior impacto negativo foi da energia elétrica (-0,26 p.p.), devido às bandeiras tarifárias. “Houve uma queda de 5,60% no item energia elétrica. Após a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira amarela”.
Próximo a um grupo já citado na alimentação, o setor de Alimentos Para Consumo no Domicílio, teve variação de 0,65%, bem diferente do índice correspondente ao mês de dezembro, que havia subido 3,20%.
A variação fo setor foi diretamente influenciada pela alta menos intensa das frutas (5,49%) e pela queda no preço das carnes (- 2,17%). Um mês anterior, os índices aplicados aos dois itens havido sido de 17,44% e 3,31%, respectivamente.
Também no pacote estão os preços da cebola (24,85%) e do tomate (13,06%).
Ainda se tratando da alimentação domiciliar, o destaque negativo foram das quedas do leite longa vida (-2,92%) e da cerveja (-1,68%).
Já em para a Alimentação Fora do Domicílio, a desaceleração pode ser representada pela alta do lanche (0,83%). O grupo passou de 1,14% em dezembro para 0,54% em janeiro.
Influência
Seguido pela alta da gasolina, o setor de Transportes teve o oitavo aumento seguido depois da queda em maio de 2020. Neste período, o acumulado de variação foi de 6,66%.
Também como impactos positivos vêm os veículos usados (0,66%) e pneus, que subiu 5,5%.
Ainda em relação, mas mudando o setor, os subitens Transporte por Aplicativo teve queda de -24,86% e gerou impacto de -0,065 no índice, assim como as Passagens Aéreas (-23,74% e -0,052 p.p.).
Como resultado, o Transporte Público teve queda de 7,41% no mês de janeiro, porém com variação de 2,44% em ônibus urbano, que decorre da apropriação dos reajustes em Campo Grande (2,44%), vigente desde 30 de dezembro.
Via Correio do Estado
Comente esta notícia
compartilhar