Política

Com 874 mil habitantes, Capital atendeu 4,6 milhões em postos de saúde em 2017

Circuito MS

15:50 28/02/2018

[Via Midiamax]

“Judicialização” e fluxo de pacientes vindos do interior do Estado são alguns dos entraves para investimentos na saúde de Campo Grande, pelo que foi apresentado pelo titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Marcelo Vilela, em audiência pública para apresentação do balaço financeiro e de ações da pasta em 2017, nesta terça-feira (28).

De acordo com Vilela, mais de 4,6 milhões de pessoas foram atendidas em unidades de saúde da Capital no ano passado, sendo que a população estimada no mesmo ano era de 874.210 habitantes na cidade, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O que evidencia o alto número de pacientes vindos do interior de Mato Grosso do Sul.

“Isso deixa claro que a atenção básica precisa funcionar mais e precisamos pactuar com as outras regiões do interior e com o secretário estadual sobre o fluxo de pessoas para nós organizarmos melhor as redes”, relatou Vilela durante a audiência na Câmara.

Outra questão que afeta o planejamento financeiro da saúde na Capital, é o alto número de pacientes que são atendidos por determinação judicial, o que não tem previsão orçamentária e faz o município ter que gastar recursos que poderiam ser voltados para outros investimentos.

Durante o debate, o secretário teve de ouvir críticas sobre a falta de medicamentos na rede municipal de saúde. Marcelo Vilela reconheceu a falha e colocou a culpa na burocracia para fazer compras através de licitação, o que dificulta atender 100% da demanda. “Atualmente atinge 85%, sendo que pegamos com 70%”, justificou.

Dos atendimentos realizados em 2017, pouco mais de 3 milhões foram de urgência, contou Vilela, o que faz com que o número de reclamações de atendidos pela “ala vermelha” dos postos de saúde tenha diminuído. “O que temos de reclamação são das alas verde, amarelo e azul”.

A meta do gestor da saúde em Campo Grande é “colocar a secretaria nos trilhos até 2020”, com o desafio de conquistar mais recursos para investimentos melhorar atenção básica no município. “Hoje, o que temos é para pagar a folha salarial, judicialização e remédios. E a judicialização extrapolou”, afirma.

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