Dos entrevistados, 51% esperam uma alta de pelo menos 410%, e quase 15% dos empresários avaliam que podem vender de 11 a 50% a mais que no mesmo período de 2020.

O gerente de uma loja de varejos, Djalma Santos, afirma que a data comemorativa deve ser bem movimentada, mesmo diante da pandemia.

“Tivemos no ano passado, mesmo no início da pandemia, uma data bem expressiva e acredito que neste ano, por conta da vacinação e também pelo fato de as pessoas estarem mais adaptadas a realidade, em relação aos protocolos de biossegurança, temos todas as condições para um dia das mães bem bacana”, afirma Djalma.

Com a pandemia, o comércio precisou se reinventar de algum modo, e a comercialização pela internet foi um bom negócio para aqueles que, em muitas situações, precisaram fechar as portas.

“O ser humano consegue se adaptar, precisamos continuar seguindo a vida. Hoje você não precisa nem ir mais à loja, é só você fazer o pedido pela internet, utilizando as redes sociais que o pedido chega até você, com toda a segurança”, coloca.

Segundo o gerente, mesmo que o número de vendas pela internet ainda seja pequeno em relação às vendas presenciais, os consumidores estão se acostumando a esse novo jeito de comprar.

“As pessoas já estão se adaptando ao serviço de delivery e os números começam a aumentar nessa modalidade de venda, sendo uma opção para quem não quer sair de casa”.

Muitos dos empresários ouvidos pela pesquisa realizada pela ACICG também afirmam que o período pode ser de contratações.

A contratação de mão de obra temporária para a data é uma opção para 46% dos entrevistados. Outros 36% já dizem que a intenção é contratar até cinco novos colaboradores.

“Apesar das dificuldades impostas pela pandemia, e por mais que seja uma data marcada por presentear com lembrancinhas, o Dia das Mães nunca passa em branco no comércio. Os estabelecimentos continuam seguindo os protocolos sanitários e estão preparados para atender a população”, garante o presidente da ACICG, Renato Paniago.

CONFIANÇA

O mês de abril foi de baixa confiança para o comércio campo-grandense. De acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), o setor voltou a apresentar nova queda na Capital.

A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), aponta que em abril foram registrados 117 pontos, índice mais baixo registrado desde novembro do ano passado.

“O ICEC mede a percepção dos comerciantes sobre o nível atual e o futuro quanto à propensão de investir em curto e médio prazo”, afirma a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio de Mato Grosso do Sul, Daniela Dias.

Ainda de acordo com a economista, os empresários estão cautelosos, o que pode ser um reflexo das últimas medidas de segurança adotadas, como a restrição do horário comercial.

“Vale lembrar que em março completou-se um ano que a doença chegou ao Brasil, tornando a Covid-19 tema de muitas matérias e isso, com certeza, tem impacto sobre o futuro e os investimentos ”, acrescenta a economista.

Via Correio do Estado