Política

Deputados e trabalhadores querem JBS em conciliação para garantir empregos

Circuito MS

16:50 17/10/2017

[Via Midiamax]

A reunião entre deputados e trabalhadores das indústrias de carne após manifestações nesta terça-feira (17) na Assembleia Legislativa resultou em uma audiência de conciliação, a ser mediada pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), na próxima semana, cobrando uma garantia do Grupo J&F de que não feche postos de trabalho no Estado por conta dos bloqueios.

Presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB) disse que a ideia é garantir a participação do MPE, MPF e Ministério do Trabalho na conversa, além dos deputados membros da CPI da Propina e ver se é possível realizar um acordo de leniência estadual.

Esta seria uma alternativa ao bloqueio de R$ 730 milhões em bens da JBS no Estado, que poderia ser retirada no judiciário pelos deputados. Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores em MS), Genivaldo Duarte disse que da forma como está, o bloqueio de bens não traz proteção aos trabalhadores, somente ao Estado.

Diretor presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação da região de Nova Andradina, Sérgio Miler pontuou que o encaminhamento realizado pela CPI não é o esperado. “A ideia é que dentro desta semana a empresa coloque alguém para garantir que os trabalhadores não sejam atingidos”.

Pedro Kemp (PT), minimizou. “Não acredito que exista sinalização da empresa para a dimi

nuição dos abates. Inclusive há informações da Semagro garantindo que há interesse no aumento do abate de frangos pela empresa em Dourados e Sidrolândia”.

Entretanto, os representantes sindicais questionam os pontos do bloqueio, que não teriam sido analisados pelos deputados, a ponto de questionarem a ação movida pela Casa e suas consequências.

Mochi garante que este é um ‘momento de protagonismo histórico’ e que a Casa saiu na frente da situação. “O ideal será o caminho da conciliação, que garanta ao Estado receber o recurso de volta daquilo que não foi cumprido pela empresa, desde que esteja assegurado o direito dos empregados e o funcionamento das unidades”.

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