Dia das Mães deve ter movimentação financeira de 105% a mais que 2020
14:07 28/04/2021
Do total dos gastos para 2021, 55% serão destinados à compra de presentes
Com movimento de R$191,93 milhões no comércio de Mato Grosso do Sul, Dia das Mães supera 2020 com aumento de 105%. Do total dos gastos para 2021, 55% serão destinados à compra de presentes e 47% às comemorações.
De acordo com dados da pesquisa sazonal de intenção de consumo e comemorações realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio do Estado em parceria com o Sebrae, serão gastos R$ 101,07 milhões em presentes e R$90,86 milhões em comemorações, valores maiores que em 2020.
Segundo a economista da Fecomércio, Daniela Dias, os números apontam um crescimentos mesmo em comparação com 2019, ano pré-pandemia.
“Antes da chegada da Covid-19, registrando com isso um crescimento de 16% em relação àquele ano. Mesmo atravessando ainda o período de pandemia, com recessão econômica, o consumidor se mostra disposto a não deixar a data passar em branco e isso é uma boa sinalização para o empresário”.
Três Lagoas e Ponta Porã são os municípios com maiores gastos médios em presentes do Estado, com R$ 178,45 e R$172,00, respectivamente. Já nos gastos com comemorações, estão em destaque Bonito, com R$ 195,54 e Dourados, com R$ 156,69.
Segundo a pesquisa, os principais motivos para quem não vai presentear é devido ao falecimento da mãe ou questões financeiras.
Os artigos do vestuário estão dentre as preferências dos filhos nas compras de presentes, representando 26% das intenções, seguido pelos perfumes e cosméticos (21%), bolsas e acessórios (16%) e flores e cestas de café (11%).
Para 64% dos entrevistados pela pesquisa, as compras serão realizadas em lojas físicas e será levado em consideração, no momento da compra, o desconto no pagamento à vista (36%), o atendimento (18%), a opção de parcelamento (14%) e a biossegurança (9%).
A economista do Sebrae MS. Vanessa Schmidt, destaca que os comerciantes que trabalham no segmento da alimentação podem aproveitar o aumento nas comemorações e fazer ofertas especiais.
“Montar kits para que as famílias possam celebrar juntas, em casa. As famílias tendem a comprar pratos prontos, para liberar as mães da cozinha, e o empresário pode apostar nesse hábito para aumentar suas vendas”.
A pesquisa foi realizada nos municípios de Campo Grande, Dourados, Corumbá, Ladário, Bonito, Coxim, Três Lagoas e Ponta Porã. Foram ouvidas 1.696 pessoas entre os dias 30 de março e 15 de abril, considerando um nível de confiança de 95% e margem de erro que varia entre 5% e 6%.
Medidas restritivas
Segundo a pesquisa, caso não houvesse maiores restrições devido a pandemia da Covid-19, ou as recentes suspensões do atendimento presencial em comércios do Estado, a movimentação poderia ser 18% maior, alcançando R$ 227,24 milhões.
“Porém, qualquer alteração de cenário que venha a ocorrer pode interferir nas expectativas da população e, consequentemente, em suas decisões de compra”, conclui a economista Daniela Dias.
O decreto estadual que só permitia funcionamento de atividades consideradas essenciais ficou em vigência do dia 26 de março a 4 de abril.
Em Campo Grande, os estabelecimentos ficaram fechados por mais tempo, já que a prefeitura da Capital havia decretado um “fecha tudo”, além de antecipar feriados, na semana anterior às normativas impostas pelo governador Reinando Azambuja (PSDB).
A partir do dia 5 de abril o comércio varejista e outras atividades econômicas voltaram a funcionar normalmente em todo o Estado, desde que cumpram os protocolos de biossegurança.
Conforme o decreto, o comércio em geral pode reabrir as portas, mas com limitação de atendimento ao público de, no máximo, 50% da sua capacidade instalada com distanciamento de 1,5m e medidas de biossegurança.
Via Correio do Estado
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