Do Centro-Oeste dos EUA, Isa ganha um extra enviando compras como “presentes”
8:35 14/08/2019
[Via Campo Grande News]
Há oito meses, Isabela Santos Reis de Oliveira, 18 anos, trocou definitivamente o Centro-Oeste brasileiro pelo estadunidense, para estudar economia e relações públicas em Michigan-EUA. Conciliando a faculdade e um trabalho de meio período, a jovem decidiu ganhar uma renda extra facilitando as compras de quem ficou por aqui e ama um produtinho importado.
Isabela saiu do Brasil pela primeira vez para um intercâmbio durante o ensino médio. Em janeiro, a jovem se despediu de Campo Grande mais uma vez, mas agora para se graduar em uma faculdade americana.
O foco principal sempre foi a graduação, mas com o alto custo de vida, no contraturno da faculdade, Isabela começou a trabalhar 20h semanais no buffet do campus, por um salário mínimo. Como as jornadas nem sempre são completas e às vezes somam menos horas e a remuneração se reduz.
A ideia da renda extra surgiu de uma demanda entre os próprios amigos, já que sempre que viajava as pessoas faziam dezenas de encomendas. “Da última vez tive que pagar $100 dólares de excesso de peso na mala, sendo que grande parte do peso eram encomendas das pessoas. Aí minha mãe teve a ideia do redirecionamento. Fomos divulgando para as pessoas mais próximas e foi dando certo. Peguei várias dicas no canal da UScloser que é uma empresa bem grande que faz basicamente a mesma coisa”, pontua.
Atualmente, os pais de Isabela também deixaram Campo Grande e moram em São Paulo. “Minha mãe me ajuda muito a distância com a divulgação e também sempre que vem pra cá me visitar. Ela me dá várias dicas e ajuda a organizar tudo quando vem pra cá. Continuo trabalhando no buffet, mas agora minha principal fonte de renda é o redirecionamento. Essa semana tive a oportunidade de comprar meu primeiro carro com essa renda”, finaliza.
Ao Lado B, a acadêmica explicou que faz dois tipos de serviços, o redirecionamento que é como se você tivesse um endereço nos EUA para receber encomendas e a compra assistida, que pelo celular a jovem leva o cliente até a loja física.
“Na primeira opção, você faz suas compras online e manda para meu endereço nos Estados Unidos. Ao receber seus itens, mando foto de tudo, retiro etiquetas, notas fiscais, e compactuo tudo em um só pacote, da forma mais econômica na caixa de envio. Se optar pela compra assistida, o cliente escolhe os produtos e aqui eu vou atrás dos melhores preços para você! É só mandar sua lista de compras e eu te mando um orçamento do valor aproximado”, esclarece.
Com as encomendas prontas, a jovem encaminha ao Brasil como pessoa física, como se fossem um “presente”. Isabela explica que fica mais barato, porque o cliente tem a possibilidade de comprar em várias lojas diferentes e ao invés de pagar a taxa de entrega de cada uma, só paga uma vez.
“Eu junto tudo numa caixa só e o cliente paga uma vez só o frete. Também tem menos chances de taxação porque o envio é de pessoa física para pessoa física. Como se fosse um presente mesmo. Outra coisa que facilita é que várias lojas dos EUA não entregam em outros países”, destaca.
Economia comprovada – A acadêmica pontuou que o último Apple Watch da série 4 enviado a um cliente pelo Redirecionamento saiu por $ 486 dólares, cerca de R$1.930,00, incluindo imposto, frete e comissão. O mesmo relógio na Apple do Brasil sairia por R$ 4.200,00. Do envio à entrega foram 20 dias.
O serviço de redirecionamento é uma ponte entre as lojas virtuais americanas e o comprador brasileiro. Assim que o interessado se cadastra, Isabela envia o endereço de sua casa.
São esses dados, que devem ser informados para a entrega da mercadoria. As compras chegam no endereço americano e a acadêmica envia ao Brasil.
Riscos – A questão do risco de a encomenda ser barrada é sorte mesmo, pois os fiscais da alfândega escolhem itens aleatoriamente para fiscalizar. O trabalha da acadêmica é fazer com que a encomenda não chame tanta a atenção.
“O que eu faço pra diminuir as chances é compactuar tudo da melhor forma possível pra não ficar muito grande, caro ou chamar atenção na alfandega. Também declarando como presente e enviando de pessoa física pra pessoa física ajuda a diminuir as chances de taxação”, explica.
Isabela também recebe encomendas de outros países como a China, porque às vezes as pessoas compram em grande quantidade, mas chega no Brasil e acabam taxados. “Mandando aqui para os EUA não tem tanta taxa e aí eu encaminho como de PF pra PF como se fosse presente”, frisa.
Para outros detalhes a Isabela atende pelo Facebook ou Whatsapp +1 (269) 870-0899 . O site de cadastramento é o Redirecionamento BR.
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