Dupla execução tem digitais do PCC, suspeita polícia da fronteira
17:50 05/09/2018
[Via Campo Grande News]
Policiais que atuam na Linha Internacional entre Mato Grosso do Sul e Paraguai suspeitam que a dupla execução ocorrida na tarde de ontem (4) no município de Pedro Caballero esteja ligada à guerra que as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho travam há dois anos pelo controle do tráfico de drogas e de armas na região.
Cipriano Ramon Jara Ramos, 55, e o sobrinho Catalino Ramon Garcia Jara, 24, foram executados com pelo menos 60 tiros de fuzil 7.62 na tarde de ontem na Ruta V, a 55 km do centro de Pedro Juan Caballero. Eles estavam em um Agile vermelho com destino à cidade paraguaia de Yby-Yau quando foram perseguidos pelos pistoleiros.
Ele era pai de Mauricio Jara, que no dia 18 do mês passado foi fuzilado junto com o agente da Polícia Nacional Diego Garardo Maidana na Colônia Guavira, em Pedro Juan Caballero. Cipriano teria comentado que iria vingar a morte do filho.
A conversa se espalhou e chegou ao conhecimento de grupos rivais, possivelmente o PCC, que domina o narcotráfico em Pedro Juan Caballero e Capitán Bado. A atuação do Comando Vermelho é mais restrita a Bella Vista.
Segundo o Ministério Público do Paraguai, Diego e Mauricio eram pistoleiros e seguiam viagem para matar uma pessoa que teria se antecipado e ordenado a execução dos dois. Assim como Cipriano, Diego e Mauricio foram mortos na estrada.
Dois dias após a morte do policial, o promotor Gabriel Segovia disse a uma emissora de rádio de Pedro Juan Caballero que suboficial e seu acompanhante tinham sido contratados para executar uma pessoa na região onde foram emboscados e mortos a tiros de fuzil e pistola. Cipriano Jara tinha sido preso em 2015 com mais de duas toneladas de maconha na região de Yby Yau.
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