Previsão do Tempo

Em boa parte do Estado, as chuvas tendem a ficar acima da média durante o outono

Circuito MS

16:59 18/03/2023

Nos próximos três meses, haverá uma diminuição das precipitações em MS, fenômeno que é característico da estação

Estação considerada um período de transição entre o verão chuvoso e o inverno seco, o outono começa nesta segunda-feira (20), às 17h25min, e termina no dia 21 de junho. Segundo dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), as tendências climáticas para a maior parte do Estado são de chuvas de 40% a 50% acima da média histórica.
As médias variam de município para município, mas na maior parte de Mato Grosso do Sul o acumulado de chuvas previstas para a nova estação deve ficar entre 200 mm e 300 mm. No entanto, para as regiões sul, sudoeste e pantaneira do Estado, as precipitações estão mais próximas do normal esperado para o período.
Em Campo Grande, por exemplo, abril tem média histórica de 116,5 mm, maio de 96,6 mm e junho de 37,7 mm. A Capital configura dentro da maior parte do Estado que tende a ter chuvas acima da média.
Ponta Porã tem médias históricas de 134,8 mm em abril, 131,8 mm em maio e 88,1 mm em junho. A cidade de MS que faz fronteira com o Paraguai se enquadra na previsão que indica pouca variação nos índices pluviométricos nos próximos três meses.
Nas regiões sul e no Cone Sul do Estado, a variação média de chuvas é de 300 mm e 400 mm; nas regiões pantaneira e do Bolsão, as chuvas variam entre 100 mm e 200 mm.
Ou seja, essas regiões devem permanecer com essas previsões médias e probabilidade de pouca variação, conforme prognóstico do Cemtec.

CARACTERÍSTICAS

De acordo com o Cemtec, nesse período do outono ocorrem as primeiras incursões de massas de ar frio, vindas do sul do continente e que provocam uma queda gradativa das temperaturas ao longo da estação.
Nos primeiros dias do outono, as chuvas intensas e as altas temperaturas características do verão devem continuar, principalmente até o fim de março.
Apesar de o prognóstico do Cemtec indicar chuvas acima da média histórica para o Estado tado, a tendência ainda reflete uma diminuição em comparação com o volume registrado no verão.
Outra característica do outono são os dias mais curtos e a umidade relativa do ar mais baixa. Além disso, fenômenos adversos, como nevoeiros, geadas e friagem, passam a ter mais destaque, principalmente no mês de junho.
A estação estará neutra, o que significa sem a presenpresença significativa de fenômenos meteorológicos como o La Niña e o El Niño. No entanto, o El Niño passa a ser mais marcante já para o início do inverno e tende a influenciar bastante no clima de julho até o fim do ano.

TEMPERATURAS

Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, as temperaturas devem variar bastante em todas as regiões do Estado neste outono. Em abril, as temperaturas tendem a ficar um pouco acima da média, e as primeiras massas de ar frio começam a chegar.
Já em maio, as temperaturas começam a ficar um pouco abaixo da média e haverá massas de ar polar, com frio significativo. E em junho, para fechar a estação de transição e começar o inverno, há a probabilidade de incursões de massas polares, frio intenso e chance de geadas no Estado.
Essas temperaturas vão variar por região. No norte do Estado, são esperadas temperaturas abaixo de 13ºC. Na região leste, a previsão aponta temperaturas abaixo de 10ºC.
No centro e sudeste do Estado, as temperaturas tendem a ficar abaixo dos 9ºC e, entre Dourados e o extremo-sul, as temperaturas podem ficar abaixo de 6ºC no auge do outono.

UMIDADE RELATIVA

De acordo com Natálio Abrahão, todas as regiões do Estado devem registrar umidade relativa do ar média menor do que em 2022 neste outono. Os dados apontam que a umidade vai variar entre 65%, pela manhã, e 30%, à tarde.
A única região do Estado que pode apresentar índices maiores é a oeste, que poderá ter em torno de 80% da umidade do ar pela manhã e 40% à tarde.
O meteorologista ainda aponta que, no fim de abril, os valores mínimos de umidade podem chegar perto de 20%, e as regiões que tendem a ter episódios mais críticos são a oeste e norte, em virtude das queimadas.

Saiba

Abril é o mês com as maiores médias históricas de chuva em todo o Estado. Segundo levantamento do Cemtec, os índices pluviométricos vão diminuindo gradativamente até o fim de agosto, quando as secas estão mais presentes em MS. Já em setembro, o volume de chuvas volta a aumentar. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nestes três primeiros meses, só em Campo Grande choveu quase 60% de todo o acumulado dos doze meses de 2022, que foi de 1.204,2 mm.

Via Correio do Estado MS

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