Em Mato Grosso do Sul, setor de serviços tem maior alta desde janeiro de 2016
14:04 16/08/2021
Mês de junho de 2021 avançou 22,8% em relação a junho do ano passado
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços em Mato Grosso do Sul cresceu 2,3% de maio para junho neste ano, gerando acúmulo de 12,9% nos últimos quatro meses.
É o patamar mais elevado desde janeiro de 2016. Além disso, o nível se encontra 12,18% acima de fevereiro do ano passado, antes da pandemia.
O setor vem mostrando recuperação desde setembro do ano passado. Em dezembro, superou o patamar pré-pandemia em dezembro, mas diminuiu em janeiro e fevereiro de 2021.
A partir de março, os índices voltaram a superar o período que antecedeu a pandemia. Em abril, foi 8,7% acima do volume de fevereiro do ano passado.
O mês de junho de 2021 avançou 22,8% em relação a junho do ano passado, é a quarta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o setor cresceu 13,9% comparado ao mesmo período de 2020.
Em 12 meses, ao passar de 4,5% em maio para 6,7% em junho, manteve a trajetória ascendente iniciada em fevereiro deste ano (-1,4%).
No Brasil, 23 dos 27 estados tiveram crescimento no volume de serviços em junho, frente ao mês anterior. Mato Grosso do Sul teve o 18º maior crescimento (2,3%).
Em todo o país o volume de serviços em junho avançou 1,7% em relação a maio, na série com ajuste sazonal, acumulando ganho de 4,4% nos últimos três meses.
Os números positivos ampliam o distanciamento frente ao nível pré-pandemia, ficando 2,4% acima de fevereiro do ano passado e também alcançando o maior patamar desde maio de 2016.
Segundo o IBGE, em relação a junho de 2020, o setor registrou a quarta taxa positiva consecutiva na série sem ajuste sazonal ao avançar 21,1% em junho de 2021.
O acumulado no ano chegou a 9,5% e o acumulado em 12 meses, a 0,4%.
As atividades que mais tiveram destaque no mês de junho foram os serviços de informação e comunicação (2,5%), que alcançou o ponto mais alto de sua série.
Também os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e serviços prestados às famílias (8,1%).
O analista do IBGE, Rodrigo Lobo explicou que todas as atividades de serviços avançou. Contudo, as que mais cresceram a se beneficiaram da própria pandemia ou não foram tão afetadas por ela.
“São setores mais dinâmicos, mais focados em inovação, em capital do que em mão de obra, que conseguiram se reposicionar aproveitando as oportunidades geradas pela pandemia, dado o efeito que ela teve na atividade econômica”, disse.
Ele afirmou serem serviços que foram impulsionados desde meados do ano passado, como os serviços de tecnologia da informação, consultoria empresarial, serviços financeiros auxiliares, transporte de carga, apoio logístico e armazenagem de mercadorias.
“Esses segmentos não estão correlacionados com a prestação de serviços presenciais, e estão mostrando um dinamismo significativo, colocando o setor de serviços, em junho de 2021, no patamar de maio de 2016”, acrescentou.
Via Correio do Estado
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