Energia solar de MS já equivale à produção da usina de Jupiá
8:02 07/03/2025

São mais de 132 mil residências, empresas e cooperativas que geram 1.501 megawats de energia com o uso de placas solares
Dados da Carta da Conjuntura da Energia Elétrica relativos a 2024 revelam que Mato Grosso do Sul fechou o ano passado com 132.458 residências ou empresas gerando energia a partir da luz solar. Isso equivale a 12% dos 1,1 milhão de clientes que a Energisa atende em 74 municípios de Mato Grosso do Sul.
Juntas, as placas de energia solar destes 132 mil investidores já são responsáveis pela geração de 1.501 megawats de energia, o que equivale à produção da usina de Jupiá, instalada no Rio Paraná, em Três Lagoas.
Representa, também, 15,3% de toda a energia elétrica produzida em Mato Grosso do Sul, que chega a 9.843 megawats. Em 13 anos, a produção total de energia no Estado aumentou em 54%.
Ao final de 2023 eram em torno de 120 mil imóveis que produziam sua própria energia e ainda injetavam parte da produção na rede. Assim, os números atuais mostram que, em média, a energia solar conquista em torno de mil novos adeptos por mês no Estado.
Dos 1.501 MW de potência instalada, 45% pertence à categoria residencial, representando o maior grupo tanto em termos de empreendimentos (81%) quanto em unidades consumidoras (71,5%). O restante é produzido por empresas ou cooperativas que revendem sua produção.
BIOMASSA
Mas não é só a energia solar que cresce a passos largos em Mato Grosso do Sul. A eletricidade gerada pelas 36 usinas de cana e fábricas de celulose a partir de biomassa já é responsável pela geração de 2.386 megawats.
Juntas, estas fábricas e usinas de açúcar e etanol produzem 28,6% da eletricidade gerada em Mato Grosso do Sul. E, para efeito de comparação, a usina de Jupiá, em Três Lagoas, tem capacidade para 1,5 mil wegawats.
E este setor tem ainda grande potencial. Conforme a Carta da Conjuntura, a fábrica da Eldorado Brasil Celulose anunciou ampliação da produção para 4,5 milhões de toneladas por ano até 2026, o que eleva seu potencial de geração pra 1.043 MW de bioeletricidade, a partir do uso de licor negro (resíduo do processo).
Além disso, existem mais 360 MW outorgados pela ANEEL, em construção ou construção não iniciada, toda capacidade gerada de fonte de biomassa, florestal ou bagaço de cana.
Ao longo do ano passado, quando entraram em operação a fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo e uma indústria de esmagamento de milho em Maracarju, a produção total de energia teve aumento de 11% em relação ao ano anterior.
O dados são da Coordenadoria de Transição Energética, da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciencia, Tecnologia e Inovação), que traz um panorama atualizado da geração de energia elétrica no Estado, compilado com base nas informações do Siga (Sistema de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica).
O levantamento, segundo o titular da Semadesc, Jaime Verruck, revela um cenário promissor e em constante evolução, marcado pela diversificação da matriz energética e pelo crescimento das fontes renováveis em mato Grosso do Sul, seguindo as principais tendências da transição energética global.
Atualmente, há 73 empreendimentos em fase de construção ou construção ou já liberados para serem construídos. Destes, 63 são usinas fotovoltaicas, oito são usinas de biomassa e dois são provenientes de fonte hídrica.
Via Correio do Estado MS
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