EUA dizem que vão reconhecer resultado de eleição no Brasil, independentemente de candidato
17:44 26/09/2022
Encarregado de negócios dos EUA esteve com Lula nesta semana; há previsão de encontro com Bolsonaro, mas ainda não há data marcada
Os Estados Unidos informaram neste sábado (24) que vão reconhecer o resultado das eleições à presidente da República no Brasil, independentemente de candidato ou partido político.
“Nossa confiança nas eleições brasileiras tem sido claramente reforçada por vários funcionários do alto escalão do governo dos Estados Unidos e permanece inalterada. O eventual reconhecimento dos EUA virá ao candidato que vencer a eleição presidencial como resultado da nossa determinação sobre a integridade do processo eleitoral liderado pelo TSE, e não de uma negociação com qualquer candidato ou partido político”, afirmou a embaixada americana.
A manifestação reitera a confiança dos Estados Unidos no processo eleitoral brasileiro. Na última quarta-feira (21), o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, Douglas Koneff, se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Até o momento, não houve encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.
De acordo com fontes do governo americano, ainda não houve disponibilidade na agenda de Bolsonaro. Por isso, não está descartado que o encontro possa acontecer antes da realização do primeiro turno das eleições.
Diplomatas norte-americanos da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil têm se reunido regularmente, de forma privada, com partidos políticos e candidatos com o objetivo de saber das percepções políticas dos principais candidatos.
O reconhecimento do governo Biden ao vencedor das eleições é, na visão de aliados de Lula, uma das principais demonstrações internacionais quanto à legitimidade do resultado.
Desde a vitória de Biden, na disputa com o ex-presidente Donald Trump, Bolsonaro tem feito declarações em que aponta para fraude no processo eleitoral americano.
Em junho deste ano para o primeiro encontro bilateral com Biden, o presidente brasileiro repetiu o discurso de desconfiança.
Via CNN Brasil
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