Exame preventivo de colo do útero é gratuito e pode ser agendado online em Campo Grande
13:09 24/01/2024
Novidade foi divulgada no início desta semana pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau)
O exame preventivo de colo do útero (Papanicolau) agora pode ser agendado gratuitamente e de forma online na plataforma desenvolvida pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), em parceria com a Agência Municipal de Tecnologia e Informação (Agetec): http://agendeseupreventivo.campogrande.ms.gov.br/.
Em menos de dois minutos, o agendamento gratuito pode ser feito por pacientes atendidas na Rede Municipal de Saúde de Campo Grande, sem a necessidade de sair de casa. O exame preventivo é indicado para mulheres de 24 a 64 anos e também é ofertado em todas as unidades básicas e de saúde da família durante todo o ano.
A Sesau destaca que a novidade amplia o acesso e traz mais comodidade e agilidade as mulheres campo-grandenses. Por meio da plataforma online é possível que a paciente escolha a unidade, data e horário que deseja realizar o procedimento.
Cabe destacar que conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres no Brasil.
Agendamento
Para agendar o exame preventivo, a paciente deverá acessar o link: http://agendeseupreventivo.campogrande.ms.gov.br/ também disponível no site oficial da Sesau. Depois, basta preencher o cadastro e buscar a data, horário e local desejado para fazer a coleta.
Nas unidades de sáude também é feito o agendamento para a mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas), indicado para mulheres de 50 a 69 anos. O exame deve ser feito uma vez a cada dois anos.
No Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste.
MS tem a maior taxa de câncer de colo do útero do Centro-Oeste
Mato Grosso do Sul lidera as estimativas de câncer de colo do útero na região centro-oeste com uma taxa de incidência de 17,73 casos para cada 100 mil mulheres. O Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológico (EVA) alerta que a doença pode ser prevenida com acesso à vacina contra HPV e exame Papanicolau, disponíveis gratuitamente pelo SUS.
As estimativas são de 32 mil novos casos de câncer ginecológico para cada ano do próximo triênio (2023-2025), conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Os três órgãos do sistema reprodutor feminino mais acometidos por tumores malignos são: o colo do útero, ovário e corpo do útero (endométrio).
Prevenção
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus que pode causar câncer do colo de útero e verrugas genitais. Geram lesões benignas, pré-invasivas ou invasivas, como o câncer de colo do útero (responsável por 99,7% dos casos) e outros tipos de câncer de órgãos genitais.
Além disso, 80% da população sexualmente ativa contrai a infecção pelo HPV pelo menos uma vez na vida, segundo o Grupo Eva.
A vacinação contra o HPV é um dos grandes aliados para o controle dessa doença. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) disponibiliza gratuitamente a vacinação desde 2014, sendo indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos.
Homens e mulheres até os 45 anos que vivem com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e vítimas de violência sexual também podem se vacinar.
A Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, o mais precoce possível.
Sintomas da doença
De acordo com o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológico, embora muitos tumores se apresentem de forma assintomática, principalmente nos estágios iniciais, a maioria se desenvolve com os seguintes sintomas:
- Sangramento vaginal fora do ciclo menstrual;
- Sangramento vaginal na menopausa;
- Sangramento vaginal após a relação sexual;
- Corrimento vaginal incomum;
- Dor pélvica;
- Dor abdominal;
- Dor nas costas;
- Dor durante a relação sexual;
- Abdômen inchado;
- Necessidade frequente de urinar.
Diagnóstico de câncer
Em caso de suspeita de câncer ginecológico, é necessário realizar uma série de exames minuciosos para definir o histórico correto da paciente e chegar ao diagnóstico preciso, tais como:
- Ultrassom;
- Radiografia;
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância magnética;
- Tomografia por emissão de pósitrons;
- Após esses exames é fundamental que seja feita uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
Além disso, é essencial avaliar a natureza do tumor. O sistema de estadiamento varia, mas geralmente essas neoplasias são classificadas em quatro níveis diferentes, desde o inicial (Estágio I) até o mais avançado (Estágio IV).
Via Correio do Estado MS
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