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Fazendeiros se praparam para cheia no Pantanal e Prefeitura evita alarde

Circuito MS

17:20 23/02/2018

[Via Midiamax]

O titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Corumbá, Renato Lima, destacou que apesar de alertas de cheia, produtores pecuários da região pantaneira não devem entrar em alarde. A recomendação aos produtores rurais é que fiquem atentos às recomendações da Prefeitura para o transporte de gado das áreas alagáveis para regiões mais altas.

Segundo Lima, o poder público garantiu condições para o transporte de gado ocorra sem atropelos, já que as condições de uso das estradas e rotas de transporte de gado estariam favoráveis. “O que acontece da porteira para fora, que é nossa responsabilidade, está garantido. As estradas estão patroladas e o município fechou parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) a fim de garantir orientação aos produtores rurais”, destaca Lima.

A parceria, no caso, também dá destaque à criação de conteúdo on-line, com informações técnicas desenvolvidas por especialistas, que deverão apaziguar os ânimos entre fazendeiros e garantir que o manejo das cabeças de gado seja efetuado sem atropelos.

“O que precisa ser feito, da parte deles, é acompanhar a orientação técnica. Providenciamos um informativo semanal, que contará até com um vídeo”, explica. De acordo com a assessoria da Embrapa Pantanal, o primeiro deles já está em produção.

Alertas

No último dia 21 de fevereiro, o Sindicato Rural de Corumbá emitiu alerta aos produtores rurais da planície pantaneira para que dessem início à retirada de gado das áreas alagáveis. Segundo o comunicado, as condições ainda são favoráveis, pois as águas de Cáceres (alto Pantanal, em Mato Grosso) ainda não chegaram. Porém, baseado nos níveis atuais do Rio Paraguai e a continuidade das fortes chuvas, a região deve continuar a encher.

De acordo com a Embrapa, a cheia deste período é decorrente das chuvas que tiveram início em janeiro, quando as estatísticas já superam o pico que normalmente acontece entre maio e junho. Neste período, a propósito, o alagamento ocorre com mais intensidade devido à chegada das águas do Norte, pelo Rio Paraguai, quando o leito do rio deverá alcançar índice entre 5 e 5,5 metros, de acordo com estimativa da Embrapa Pantanal.

Nesta semana, em municípios como Aquidauana, Anastácio e Miranda, onde o nível das águas causou transtorno na cidade e também nas áreas rurais, o impacto da chuva foi imediato. Em Anastácio, onde funciona uma unidade da JBS, o frigorífico chegou a paralisar as atividades e os abates, devido à inundação da região. Lá, o gado precisou ser solto no campo e a expectativa é que as atividades só se normalizem na segunda-feira (26).

Já em Aquidauana, onde funciona o frigorífico Buriti, mesmo estando em região menos propícia ao alagamento a produção da unidade também chegou a ser interrompida, já que os funcionários do local – a maioria residente em Anastácio – não conseguiu chegar para trabalhar. A situação em Miranda, no entanto, é de tensão, já muito as propriedades chegaram a ficar isoladas e o rio continua a encher.

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