Campo Grande

Frente fria pode agravar surto de doenças respiratórias na Capital

Circuito MS

15:59 05/04/2023

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) frente fria deve avançar pelo Estado a partir desta quarta-feira (5)

Campo Grande enfrenta uma epidemia de doenças respiratórias, que afetam principalmente crianças e idosos, podendo se agravar com a chegada da frente fria nesta quarta-feira (5). A classificação epidêmica foi feita pelo secretário municipal de saúde, Sandro Benites.

Nos últimos dias, o sistema de saúde da Capital tem enfrentado um verdadeiro caos em razão do aumento de internações na rede pública. Os hospitais que atendem pelo Sistema único de Saúde (SUS) relataram que estão com 100% de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs) pediátricas.

Ao Correio do Estado, o médico infectologista, Julio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) explicou que, com a chegada da frente fria em Mato Grosso do Sul, os casos de doenças respiratórias podem se agravar principalmente entre os grupos classificados de risco.

“Esse período favorece a transmissão. Estamos tendo um surto de doenças respiratórias no Estado e uma superlotação das unidades de emergência. A partir de abril e maio isso pode se agravar, principalmente entre os idosos”, afirmou Croda.

O infectologista reforçou também a importância da vacinação como forma de combater os agravamentos e conter a pressão no sistema público de saúde.

“É importante que essa população tenha uma cobertura elevada principalmente nesse momento em que a gente inicia o período sazonal e de maior circulação dos vírus respiratórios. Desse modo, se essas pessoas estiverem imunizadas, a gente tende a ter um risco menor nos números de óbitos e menos impacto nos serviços de saúde”, reforçou o médico.

Além da vacina, Croda explica que outras medidas de prevenção podem ser tomadas para evitar a contaminação e transmissão entre as crianças.

“As medidas de prevenção são as mesmas que aprendemos no passado com a Covid-19. Se a criança estiver doente é importante evitar aglomerações, ou seja, não levar para a escola e manter em casa. Além disso, é preciso manter os ambientes ventilados mesmo no frio”, informou o infectologista.

Para controlar a crise e a superlotação, a Sesau recorreu a iniciativa privada, mas de acordo com o secretário municipal de saúde, Sandro Benites, os hospitais privados estão passando pela mesma situação. Apenas o Hospital El Kadri sinalizou a possibilidade da abertura de 30 leitos clínicos.

Frente fria

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) uma frente fria oceânica, aliada de um sistema de baixa pressão atmosférica no Paraguai, deve avançar por Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (5).

Conforme o instituto meteorológico, o transporte de calor e a umidade favorecem a formação de instabilidades, causando chuvas de intensidade fraca a moderada previstas para o Estado. Após a passagem da frente fria haverá uma queda das temperaturas, principalmente das máximas.

Em Campo Grande, o céu fica encoberto o dia todo, a mínima será de 21°C e a máxima de 31°C. Na região da Grande Dourados, a máxima atinge 33°C. No sul, Ponta Porã registra mínima de 21°C e máxima de 30°C; Iguatemi terá mínima de 20°C e máxima de 33°C.

Via Correio do Estado MS

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