Gás de cozinha é 12,75% mais barato que o gás industrial usado nas residências
10:36 29/09/2021
Em termos de valores, a economia chega R$ 41,11
O Gás Liquefeito de Petróleo (13 kg), também conhecido como gás de cozinha, apesar de ter sofrido alta, ainda continua sendo o mais econômico em Campo Grande frente ao gás industrial (45 kg), por exemplo.
Conforme pesquisa realizada pela equipe de reportagem do Correio do Estado, a média do botijão do gás industrial é R$ 362,50. Já o custo médio do GLP é R$ 92,85, segundo a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre 19 e 25 de setembro.
Para ter 45 quilos de gás é necessário três botijões de 13 quilos e um de seis quilos. Se pegar o preço médio (R$ 92,85), o valor chega a R$ 321,39. Com isso, comprar o de 13 quilos ainda fica R$ 41,11 mais barato, o que representa diferença de 12,79%.
Outra forma de calcular é dividir o preço do industrial por 45 quilos, o resultado é de R$ 8,05 por quilo. Já o gás de cozinha, se dividido por 13 quilos, sai por R$ 7,14. Ou seja, diferença de 12,75% um do outro.
Segundo a economista e professora dos cursos de Ciências Econômicas e Administração, da faculdade Insted, Leila Cristina Gonçalves de Oliveira, enquanto o consumidor gasta com o de 45 quilos de uma só vez, no de 13 quilos, não precisa gastar um valor alto, numa demanda só.
“O que vai compensar mais? Você pensar que quando comprar três botijões de 13 quilos, multiplicar esse valor por três, vai dar 278 reais. O outro de 45 quilos, custa de 350 a 380 reais. A desavantagem de comprar um de 45 quilos é que vai estar pagando mais caro e vai estar desembolsando o dinheiro todo. Isso numa demanda que poderia levar de três a quatro meses para utilizar. É óbvio que depende da demanda”.
No entanto, ainda conforme a profissional, independente do tamanho que irá comprar, é preciso levar em consideração que o consumo não vai mudar.
Olhando por outro lado, Leila explica que levando em conta a instabilidade econômica, pode compensar comprar em uma só demanda.
“Compensa comprar o de 45 quilos quando você está numa elevação de preço como a gente vem. Se eu paguei no de 45 quilos, 360 reais hoje, e se eu comprar um de 13 quilos, de quase 90 reais hoje, daqui um mês ele vai tá 100, 110. Depende muito da conjuntura de como está a economia”, finaliza.
Para o presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias do Vale, o gás de cozinha vale mais a pena, pelo valor baixo diante do industrial e por não precisar gastar a mais com instalação.
“Vale mais a pena comprar o gás de cozinha, de 13 quilos, sai mais barato. Para ter o P45 [industrial] na residência, além de ser mais caro, ainda tem que ter um fogão especial, tem que fazer instalação. A diferença é muito grande. O P13 [GLP] é o carro-chefe da dona de casa”, avaliou.
PREÇOS
Segundo levantamento da ANP, o menor preço para o gás de cozinha, de 13 quilos, foi encontrado no estabelecimento Almeida e Montenegro Ltda., por R$ 87. Já no Erasmo Tavares da Silva – Me., está sendo comercializado por R$ 100.
Em se tratando do gás industrial, conforme a pesquisa do Correio do Estado, no Ultragaz Aquaram e no Eli Gás está R$ 350 em cada local; no M&M Gás e Água R$ 355; no Sartori Gás e Água e Líder Gás R$ 370 cada e no Top Gás Copagaz R$ 380.
OUTROS GASTOS
Além de ser necessário comprar o vasilhame separado, que custa entre R$ 750 e R$ 900, é preciso também fazer a instalação.
Zenildo, do Sinergás, ressalta ainda que os gastos para a instalação fica mais de R$ 1 mil. Para isso, é preciso ter uma central de gás, puxar encanamento, colocar registro e ter um fogão industrial.
Via Correio do Estado
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