Campo Grande

Hospitais de Campo Grande pretendem zerar filas de cirurgias e exames até abril de 2024

Circuito MS

15:44 01/08/2023

Com montante inicial de R$ 44 milhões, a Santa Casa, São Julião e Pênfigo, realizarão diversas cirurgias e exames pelo programa “Mais Saúde, Menos Fila”

Hospitais de Campo Grande pretendem zerar a fila de espera para realização de exames e cirurgias através do programa “Mais Saúde, Menos Fila” até abril de 2024. O assunto foi debatido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), representantes do Ministério da Saúde, Hospital do Pênfigo, Santa Casa e São Julião nessa segunda-feira (31).

O montante inicial do projeto é de R$ 44 milhões, sendo R$ 36 milhões do Governo do Estado e R$ 7 milhões do Governo Federal. Os valores serão pagos às entidades conforme a produção de cada unidade hospitalar.

Ao Correio do Estado, a Santa Casa de Campo Grande informou que as Diretorias Corporativa e Executiva do hospital já assinaram o termo aditivo ao programa ‘Mais Saúde, Menos Fila’, do Governo do Estado. 

“Essa adesão regulamenta a realização de 534 cirurgias e 360 exames por mês na instituição, nas seguintes especialidades: oftalmologia; cirurgia geral; ortopedia; urologia; ginecologia; angiologia”, informou em nota.

Quando perguntado sobre quando a Santa Casa começará a atuar para zerar as filas de exames e cirurgias, o hospital afirmou que está se estruturando internamente para iniciar os procedimentos o mais rápido possível.

O São Julião promete realizar cirurgias das seguintes especialidades médicas: cirurgia geral, oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia plástica e urologia, além dos exames endoscópicos de colonoscopia e endoscopia.

“Entre todas essas especialidades, são mais de 700 procedimentos por mês, além dos que a gente já tem contratado. Estamos ampliando a capacidade instalada para atender esses pacientes. A gente pretende também operar aos sábados”, informou o representante do hospital, Ariel Matos. 

Para o presidente do Hospital São Julião, Carlos Melke, a unidade sempre atendeu no período matutino e vespertino, mas agora abrirá um terceiro turno de trabalho para aumentar os atendimentos.

“Desde que foi criada há 30 anos,  a Unidade Cirúrgica sempre atendeu de manhã e à tarde. Agora vamos realizar cirurgias também no período noturno. Também ampliamos nossos leitos em 30 unidades: 20 conveniados com o estado e 10 com a prefeitura, investindo em estrutura e pessoal”, informou Melke.

Procurado pela reportagem para registrar quais cirurgias e exames serão realizados pelo Hospital do Pênfigo e quando começarão as atividades pelo programa, o hospital não retornou. A Sesau informou que o Hospital do Pênfigo deve realizar 400 cirurgias ortopédicas por mês. 

Prazo

De acorco com a Sesau, em nove meses todas as pessoas devem realizar o procedimento. Para conseguir cumprir com o prazo, os hospitais podem começar a realizar as cirurgias em um terceiro turno e até aos finais de semana. A secretaria informou ainda que cerca de 956 pessoas estão no aguardo de realizar cateterismo.

“O projeto vai até abril de 2024. Hoje começa uma parceria do Governo Federal, do Estado e Prefeitura de Campo Grande. São mais de R$ 40 milhões para zerar as filas, tanto para exames, como ressonância, tomografia, endoscopia, cateterismo e também cirurgias que estão retidas há muito tempo”, informou o secretário de saúde, Sandro Benites.

“Durante mais de dois anos a gente só falou de Covid-19 e as pessoas que estavam no aguardo das cirurgias e de exames serão contempladas nesses três grandes hospitais da Capital. As entidades trabalharão no período da manhã, tarde e agora também no noturno. Foi preciso um planejamento durante os últimos seis meses para que a gente consiga zerar as filas”, explicou Benites

Programa

Lançado em maio deste ano na quadra de esportes do Hospital São Julião, em Campo Grande, pelo governador do Estado Eduardo Riedel, o programa “Mais Saúde, Menos Fila” tinha um investimento inicial de R$ 45 milhões de recursos próprios e R$ 7,9 milhões de recursos federais.

A meta é atender uma demanda reprimida de 15 mil cirurgias eletivas em diversas especialidades e 42,5 mil exames diagnósticos à população dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Prefeituras e estabelecimentos de saúde poderão fazer adesão ao programa.

Via Correio do Estado MS

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