Inflação acelera e Campo Grande fecha fevereiro com alta de 0,81%
16:59 12/03/2024
IPCA do mês passado é quase o dobro se comparado com o índice de 0,48% de janeiro. Reajustes das mensalidades escolares são a principal explicação
Dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE mostram que Campo Grande fechou fevereiro com inflação de 0,81%, o que é quase o dobro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, que foi de 0,48%. A principal explicação é o aumento de preços do setor de educação, que teve alta de 5,76%.
Em fevereiro de 2023, a variação havia sido de 0,54%, conforme o IBGE. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,92%, acima dos 4,64% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Entre as 16 capitais pesquisadas pelo IBGE, Campo Grande fechou fevereiro com o nono maior índice, muito próximo ao IPCA nacional de fevereiro de 0,83%, e ficou 0,41 ponto percentual acima da taxa de janeiro (0,42%).
Os preços de sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande tiveram alta em fevereiro. A maior variação (5,76%) e o maior impacto (0,25 ponto percentual) vieram do grupo Educação. Outros destaques foram os grupos Transportes (0,94% e 0,20 ponto, Alimentação e bebidas (0,82% e 0,18 ponto) e Despesas pessoais (0,96% e 0,09 poto percentual).
No grupo alimentação, os principais responsáveis pelo aumento 0,82% foram a cebola (16,49%), a banana nanica (11,81%), alface (7,16%), laranja (6,35%), o arroz (4,46%) e o ovo (3,59%).
O grupo transportes é outro que tem significativa importância no orçamento das famílias. Neste caso, a alta 0,94 % foi impulsionada principalmente pela gasolina (3,66%). Os combustíveis como um todo tiveram aumento (3,58%), com participação do etanol (6,1%) e do diesel (0,5%), porém, a gasolina acumula alta de 12,44% no período de 12 meses, segundo o IBGE.
Em Educação (5,76%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (7,09%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do curso de idiomas (11,37%), da creche (9,86%), do ensino fundamental (9,32%), do ensino médio (9,06%), da pré-escola (9,04%), da pós-graduação (5,91%) e do ensino superior (4%).
“Esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Via Correio do Estado MS
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