Justiça tenta há dois meses transferir para SP lutador que matou hóspede
16:50 04/09/2017
[Via Campo Grande News]
A Justiça de Mato Grosso do Sul tenta há quatro meses transferir para algum presídio do interior de São Paulo, Rafael Martinelli Queiroz, o lutador de 29 anos condenado a dez anos de prisão por matar Paulo Cézar de Oliveira, 49, a cadeiradas em um quarto de hotel, em Campo Grande.
O pedido foi feito no dia 7 de junho pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, o mesmo que fixou a sentença para o atleta.
Primeiro ele enviou ofício Vara de Execuções Criminais de Araçatuba. No dia 29 daquele mês, o juiz de lá, Henrique de Castilho Jacinto, respondeu ao magistrado daqui que não se opunha a transferência do lutador, mas que a Justiça local precisava verificar a disponibilidade de vagas com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo.
Já o pedido de transferência enviado ao órgão gestor do sistema penitenciário foi enviado no dia 4 de julho. Carlos Alberto Garcete quer a internação de Martinelli no Centro de Reabilitação de Araçatuba ou Centro de Reabilitação de Biriqui.
Para tirar o atleta condenado por assassinato do Complexo Penal de Campo Grande, o juiz usa o princípio da “aproximação familiar”. Até agora, a secretaria de São Paulo não deu resposta.
Crime – O lutador é de Valparaíso (SP) e veio a Campo Grande para participar de um evento de lutas realizado no Círculo Militar. Porém, não competiu no dia 18 de abril de 2015, uma noite de sábado, como era previsto. Ele estava hospedado no Hotel Vale Verde, na avenida Afonso Pena.
Por volta das 22h, o Rafael discutiu com a namorada no quarto 221. Ele bateu na mulher, que fugiu amedrontada pelos corredores e pediu socorro na recepção. Ela estava gestante.
Ao sair enfurecido do quarto, o atleta destruiu tudo o que encontrou pela frente, até se deparar com o engenheiro Paulo Cézar que havia acabado de abrir a porta de seu apartamento, o 216, para ver o que estava acontecendo. A vítima, que era de Batatais (SP), foi morta espancada e a cadeiradas.
Rafael tem quase dois metros de altura e na época pesava 140 kg. Já a vítima pesava cerca de 70 kg e tinha 1,68 metro.
Na cadeia, ele chegou a ter surtos e ficar agressivo.
Martinelli foi a júri no dia 27 de abril deste ano e a defesa dele chegou a recorrer a sentença alegando que ele é “um homem de bem, porém, doente, com uma doença que não tem cura”. Mas, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) manteve a decisão da 1ª instância.
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