[VIa Campo Grande News]

Os advogados do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva negociam com agentes da Polícia Federal para que ele se entregue depois da missa, em homenagem a sua esposa Marisa Letícia. A sua prisão foi decretada na quinta-feira (05), pelo juiz federal Sérgio Moro, que estabeleceu o prazo para que ele se apresentasse ontem (06), até às 17h (horário de Brasília).

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o ex-presidente decidiu que não iria se entregar no prazo solicitado e que iria esperar a missa em homenagem a sua esposa, que faleceu no ano passado. Ele continua na sede do sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, desde que recebeu a notícia sobre a prisão.

Lula passou o dia ontem acompanhado pelos advogados, integrantes de movimentos sociais e de partidos aliados. Não fez discurso, apenas apareceu algumas vezes na janela da sede do sindicato e acenou para uma multidão que foi ao local prestar apoio ao ex-presidente. Depois do fim do prazo estabelecido por Moro, a Polícia Federal resolveu que não iria cumprir ontem (06) o decreto de prisão, para evitar um confronto com os manifestantes.

De acordo com a reportagem, os advogados de Lula estiveram em contato com os agentes para que encontrassem uma forma do ex-presidente se entregar neste sábado. Segundo a assessoria de imprensa da 13ª Vara Federal do Paraná, o petista não pode ser considerado foragido e também não terá descumprido ordem judicial.

Por volta das 6h da manhã, os apoiadores do presidente continuavam em frente ao sindicato, e fizeram um “luau” na escadaria. Já o prefeito de São Bernardo avisou logo pela manhã que a missa em homenagem a Marisa vai ser feita do lado de fora do sindicato, com a celebração prevista em ciam do trio elétrico. A previsão é que comece por volta das 9h30 (horário de Brasília).

Por volta das 7h (horário de MS) tendas do MST (Movimento Sem Terra) estão distribuindo café e pão com queijo para os apoiadores do ex-presidente e já varrem a rua para que seja realizada a missa. Lula foi condenado por Sérgio Moro em função do caso do tríplex do Guarujá, em julho de 2017. Em janeiro a condenação foi confirmado pela TRF-4 (Tribunal Regional Federal).