Mato Grosso do Sul é o 4º estado do Brasil com maior incidência de dengue
11:56 28/10/2021
Dos 79 municípios do Estado, 25 têm alta incidência da doença
Mato Grosso do Sul é o quarto estado do país com maior incidência de dengue, de acordo com o assessor militar da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Alexandre Fraiha.
Segundo a SES, a incidência é de 399,3. Mato Grosso do Sul contabiliza 11.178 casos prováveis de dengue de janeiro à outubro deste ano.
Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 31 municípios tem baixa incidência, 25 alta incidência, 21 incidência moderada e dois municípios sem casos prováveis.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico, mulheres (55,8%) se infectam mais com o vírus da dengue do que homens (44,2%).
De janeiro à outubro deste ano, 13 pessoas foram vítimas de dengue em Mato Grosso do Sul. As vítimas são dos municípios de Anaurilândia (1), Aparecida do Taboado (1), Caarapó (1), Campo Grande (2), Corumbá (2), Dourados (2), Ivinhema (1), Nova Alvorada do Sul (1) e Três Lagoas (2).
Soluções
O método Wolbachia foi implantado em Campo Grande desde dezembro de 2020. Das seis fases que englobam o projeto, a Capital contempla a terceira.
O método consiste em introduzir a bactéria Wolbachia no mosquito Aedes Aegypti, o qual é transmissor da dengue, Zika e Chikungunya. Quando a bactéria é inoculada ao mosquito, há inibição do vírus. O mosquito transmite a bactéria Wolbachia para seu parceiro quando se reproduz. Dessa forma, a bactéria se propaga para as demais gerações de mosquitos.
De acordo com levantamento nacional comentado por Fraiha, houve redução de 70% nos casos de dengue, 60% nos casos de Chikungunya e 40% nos casos de Zika no Brasil após utilização do método Wolbachia.
Campo Grande utiliza o fumacê como estratégia no combate à Dengue. O serviço percorre bairros de Campo Grande com objetivo de combater o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.
O fumacê percorre ruas da Capital de segunda à sexta-feira, das 16h às 22h, em bairros pré-estabelecidos pela Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG).
O biólogo Marcus Paulo Gonçalves afirma que o fumacê é eficaz no combate ao mosquito Aedes Aegypti, pois os insetos morrem com a vaporização do produto químico.
Humanos e animais domésticos são proibidos de inalarem a Cipermetrina, que é a substância química utilizada na produção do inseticida.
“Como todo produto químico, existe risco de saúde para a população, mas só é aquele risco se for muito inalável ou se tiver contato muito direto com o produto, porque de certa forma são agrotóxicos e fazem mal para as pessoas. Mas no geral, o fumacê não é prejudicial à população”.
Recomendações
É imprescindível que a população campo-grandense tenha consciência e faça sua parte para evitar focos do mosquito Aedes Aegypti.
O objetivo é eliminar criadouros do mosquito para diminuir número de casos, internações, mortes e proteger a saúde da população.
De acordo com o Boletim Epidemiológico da SES, a população pode:
- evitar deixar água parada em vasos de plantas,
- manter caixas d’água bem fechadas,
- eliminar acúmulo de água sobre a laje,
- manter garrafas e latas tampadas,
- fazer manutenção em piscinas,
- manter pneus ou outros objetos que possam acumular água em locais cobertos e tampar ralos.
O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende afirma que a dengue faz vítimas assim como a Covid-19. “A comunidade deve estar atenta porque 80% dos reservatórios com proliferação estão nas casas das pessoas”, expressa.
“Vamos aproveitar que muitas pessoas estão ficando em casa por conta da pandemia da Covid-19, para limpar o quintal e intensificar a guerra contra o mosquito”, acrescenta.
A assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) destacou que a corporação apoia medidas de combate ao mosquito Aedes Aegypti.
“Realizamos todo fim de mês uma grande limpeza em todas as unidades operacionais. É uma atitude de apoio, uma ação interna que ocorre em todo o estado”.
Via Correio do Estado
Comente esta notícia
compartilhar