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MS ainda não deve importar aço, mas sindicato não descarta iniciativa no futuro

Circuito MS

9:19 07/06/2021

Ricardo Campos Jr./Correio do Estado
Sinduscon afirma que produto estrangeiro é mais barato que o vendido no país

O tempo para entrega do aço importado faz com que as construtoras e distribuidoras de Mato Grosso do Sul ainda não adotem essa estratégia como alternativa para driblar os altos preços do mercado brasileiro. Porém, em outros estados, cooperativas já organizaram remessas do produto vindas de outros países.

Com as altas sucessivas do produto nacional, já está mais barato trazê-lo de foram, de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) no Estado, Amarildo Miranda Melo.

“As altas têm sido diárias e está impraticável comprar aço atualmente no Brasil. Uma cooperativa de Goiânia já se organizou para trazer uma grande compra e mesmo com todos os custos, o produto chega mais barato”, explica.

Contudo, segundo ele, nenhuma empresa local se interessou pela medida porque a adesão depende do andamento em que as obras estão. Algumas já haviam comprado e aguardam entrega.

Em outros casos, o tempo para o desembarque em solo sul-mato-grossense é tão alto que poderia atrasar o andamento dos empreendimentos.

Contudo, Melo acredita que os empresários do setor devem se organizar nos projetos futuros para aderir à medida, que deve pressionar a indústria de aço brasileira a reduzir os preços.

Sem dar números ou porcentuais, o presidente do Sinduscon-MS disse que no começo do ano o preço custava menos da metade do atual.

“Qualquer coisa que você fazia com dez mil quilos de aço, gastava-se em torno de R$ 40 mil. Hoje, para essa mesma quantidade, passa de R$ 100 mil”, afirmou ao Correio do Estado.

Ainda não há dados de maio disponíveis. O levantamento mais recente, por outro lado, aponta que produtos como vergalhões acumulam aumentos de até 76%.

Para tentar frear essas altas, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) pediu ao Ministério da Economia que reduzisse os impostos sobre a importação de aço.

O órgão não deu sequer uma resposta a respeito do pleito. Ao Correio do Estado, a pasta disse que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) não recebeu qualquer pedido formal por parte do órgão.

Dessa forma, a CBIC deve fazer um novo pedido formal para pleitear essas reduções fiscais por prazo determinado no intuito de forçar a concorrência a baixar os preços.

Via Correio do Estado

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