MS registra surto de doença ‘mão-pé-boca’ em crianças
15:52 29/11/2021
Contagiosa, a doença é causada pelo vírus Coxsackie e Enterovírus e podem provocar aftas na boca e lesões nas mãos e nos pés.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), Mato Grosso do Sul está sofrendo um surto da ‘Síndrome Mão-Pé-Boca’ em crianças menores de cinco anos.
Contagiosa, a doença é causada pelo vírus Coxsackie e Enterovírus e podem provocar aftas na boca e lesões nas mãos e nos pés. A doença pode se manifestar em até sete dias e pode ser transmitida até quatro semanas após a recuperação.
Segundo a Coordenadora Estadual de Vigilância Epidemiológica, Ana Paula Rezende de Oliveira Goldfinger, a transmissão acontece por meio do contato direto com a saliva, muco (secreções), fezes ou alimentos contaminados.
“É um vírus que acomete, principalmente, crianças menores de cinco anos. A ‘Síndrome Mão-Pé-Boca’ pode causar febre alta nos dias que antecedem as lesões na boca, amidalas e faringe, além de bolhas nas plantas dos pés e mãos, nádegas e região genital. Ainda pode ocasionar dor de cabeça, dor de garganta, mal-estar, irritabilidade, vômito, diarreia e até a perda de apetite, bem como, apresentar dificuldade de engolir e muita salivação”, explica a coordenadora.
“Por isso, é preciso que os pais fiquem atentos quanto ao comportamento dos filhos. Evite que andem em locais desconhecidos e sem higienização adequada e toquem em corrimãos. Se surgir os sintomas, leve imediatamente para atendimento médico. Após o diagnóstico preciso, o uso de medicamento pode aliviar os sintomas”, recomenda Goldfinger.
A Gerente Técnica Estadual de Doenças Agudas e Exantematicas, Jakeline Miranda Fonseca, explica que a criança ao ser diagnosticada com a Síndrome ‘mão-pé-boca’ deve permanecer em repouso em casa e tomar bastante líquido, além de alimentar-se bem.
“O recomendável é oferecer a criança alimentos pastosos como purês e mingaus, gelatinas e sorvete, por serem mais fáceis de engolir. Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são indispensáveis e necessárias para a hidratação delas”.
Outra recomendação é para quem for manipular a criança, lavar as mãos após a troca de fraldas e o uso de lenços, e fazer o descarte em lixo fechado.
Se a criança for maior, lavar as mãos dela com água e sabão também. Fazer o uso de etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar – cobrir a boca com um lenço ou o antebraço. Evitar beijar a criança.
É importante ressaltar que a criança pode ser contagiada pela doença mais de uma vez.
Como aliviar sintomas?
O manejo da doença é feito com medidas de suporte e medidas para controle da infecção.
Não há terapia específica para a doença, no entanto, analgésicos e anti-inflamatórios para o alívio da dor e do desconforto causado pela febre e pelas lesões orais podem ser recomendados por médicos.
Via Correio do Estado
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