Na Capital, PF prende veículos no Dahma durante operação contra clonagem
13:11 24/02/2022
Operação está sendo deflagrada em mais noves estados brasileiros
Na manhã desta quinta-feira (24) um dos endereços mais luxuosos da Capital foi palco de apreensões de vários veículos. A ação é parte da Operação Fiat Lux da PF (Polícia Federal) que tem como alvo desarticular um grupo criminoso que atua na clonagem de veículos em todo Brasil. Os mandados de busca e apreensão de hoje foram cumpridos no Residencial Dahma III.
Entre as apreensões estão uma BMW na cor prata, uma Land Rover preta e uma caminhonete Mitsubishi amarela. As informações passadas pela PF até o momento não revelam se os donos dos carros estavam no local e se foram presos, no entanto, os veículos foram levados para para a Superintendência da Polícia Federal.
Os mandados executados foram expedidos pela justiça de Mato Grosso do Sul, porém, a operação ocorre em nível nacional sendo deflagrada em pelo menos mais 10 estados brasileiros, dentre eles estão, São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Pará, Goiás, Paraíba, Ceará, Paraná, Pernambuco e Maranhão. Já o comando, está a cargo da Polícia Federal de São Paulo.
As investigações que desencadearam um inquérito policial ocorreram em 2020, ano em que foi detectado a clonagem de veículos pertencentes ao Exército brasileiro. Os criminosos agiam utilizando os números dos chassis de forma ilegal, para assim conseguirem a documentação legítima, articulando a legalização de veículos provenientes de roubos e furtos.
Após investigações mais aprofundadas foi descoberto que o esquema era viabilizado por servidores que atuavam dentro do Detran e despachantes, sendo assim, somente por esse acesso foi possível realizar as clonagens dos chassis do Exército. Estiveram no apoio da operação integrantes do Exército, que auxiliaram na logística. Isso após haver constatação de que não houve participação de membros da instituição.
Os trabalhos das equipes ainda culminaram na descoberta de outro crime, desta vez, realizado contra o Sistema Financeiro Nacional. Criava-se um veículo fictício, existente apenas no Sistema Federal da Secretaria Nacional de Trânsito, o que dava autonomia para serem realizados financiamentos e consórcios de bens que se quer existiam fisicamente.
Outra falcatrua realizada com auxílio de servidores do Detran e despachantes era a inserção de automóveis comercializados na na Zona Franca de Manaus no Sistema Federal de Registro de Veículos Automotores. Estes carros eram adquiridos com isenção de PIS e Confins e posteriormente eram emplacados em São Paulo com objetivo de driblar a fiscalização.
Com a descoberta das fraudes cerca de 95 servidores do Detran foram afastados de suas funções, sendo que deste total 85 são de São Paulo e sete, do Detran-TO; três, do Detran-MG. E ainda 20 despachantes que foram afastados de suas funções também em São Paulo.
Via Enfoque MS
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