Economia

Na contramão nacional, inflação da Capital cai em dezembro

Circuito MS

17:36 10/01/2018

[Via Midiamax]

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país, foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (10). Ao contrário do cenário nacional, onde o índice aumentou de novembro para dezembro, a inflação teve queda em Campo Grande, fechando o ano em 0,15%, abaixo dos 0,50% registrados em novembro.

A Capital teve a terceira menor inflação entre as capitais brasileiras pesquisadas pelo IBGE, em dezembro, perdendo apenas para Belém (-0,18%); Salvador (0,10%).

Em Campo Grande, entre os itens que puxaram a inflação estão Transportes (1,02%), com aumento da tarifa de ônibus e do combustível, Vestuário (0,87%) e Alimentos e Bebidas (0,81%). Os que tiveram queda foram: Habitação (-1,84%), Artigos de Residência (-0,79%) e Comunicação (-0,09%).

Nacional

De acordo com o IBGE, nacionalmente, o IPCA de dezembro foi de 0,44%, ficando 0,16% acima do resultado de novembro (0,28%). Após recuar de 0,42% em outubro para 0,28% em novembro, o IPCA voltou a subir em dezembro, sob influência, principalmente, da aceleração na taxa dos grupos Alimentação e Bebidas (de -0,38% em novembro para 0,54% em dezembro) e Transportes (de 0,52% para 1,23%).

Essa foi a maior variação mensal de 2017. Em 2016, o IPCA do mês atingiu 0,30%. Assim, o IPCA acumulado em 2017 foi 2,95% e ficou 3,34% abaixo dos 6,29% registrados em 2016.

O índice de 2017 foi influenciado, especialmente, pelas despesas com produtos e serviços dos grupos Habitação (com alta de 6,26% e impacto de 0,95%, Saúde e Cuidados Pessoais (com alta de 6,52% e impacto de 0,76% e Transportes (com alta de 4,10% e impacto de 0,74%). Juntos, estes três grupos representaram 2,45%, sendo responsáveis por 83% da taxa. Já o grupo Alimentação e Bebidas, com queda de 1,87% e -0,48% de impacto, conteve o índice. A tabela a seguir mostra os resultados de todos os grupos de produtos e serviços.

Os principais impactos individuais no índice do mês, ambos de 0,09%, foram exercidos pelas passagens aéreas, com alta de 22,28%, e pela gasolina, cujo preço do litro ficou, em média, 2,26% mais caro. Juntos, com impacto de 0,18%, estes dois itens representaram 41% do IPCA de dezembro.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de novembro a 28 de dezembro de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de outubro a 29 de novembro de 2017 (base).

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