Negociações entre professores e prefeitura avançam e movimento por greve perde força
18:55 11/03/2022
Sindicato da categoria espera resposta da prefeitura à proposta na segunda-feira
O presidente do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Lucilio Nobre, informou que a greve dos professores pelo reajuste salarial só será feita caso a prefeitura deixe de garantir que aumento prometido para 2023 seja calculado com base no piso nacional do mesmo ano.
De acordo com Nobre, todas as outras propostas já estão acertadas, mas as tratativas realizadas na manhã desta sexta-feira (11) com o prefeito foram em torno desse impasse, uma vez que a prefeitura se recusa a fazer esse cálculo por não saber qual será o valor do piso nacional no ano que vem.
Ele ainda afirma que a proposta mandada anteriormente ao sindicato pelo prefeito não fazia qualquer menção ao piso salarial e nem ao reajuste de 34,33% aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro.
O sindicato espera receber uma resposta da prefeitura sobre a nova contraposta na segunda-feira, quando a categoria poderá tomar duas posições: se o prefeito não der uma previsão de correção do reajuste conforme o piso, os professores poderão entrar em greve, o que será confirmado apenas na próxima terça-feira.
Contudo, caso contrário,as negociações se encerram e a classe aceitará toda a proposta.
Prefeito diz que não há como prever
Após a conversa com os professores, Marcos Trad, disse que o pedido para que base de cálculo do reajuste de 2023 seja o piso daquele ano ainda é um impasse, tendo em vista que não há como saber qual será o valor instituído no ano.
“É a terceira vez que a gente acolhe e toda vez que a gente acolhe, eles vêm com fato a mais. A questão agora é a seguinte: nós chegamos a 100% do piso até 2024, mas eles querem que em outubro de 2023 o reajuste seja de 81.80% do piso nacional, mas acontece que temos que saber quanto vai estar o piso em 2023.”, explica.
O prefeito diz que aceita dar 80% de reajuste no valor do piso, contudo, aponta que precisa ser calculado no piso atual, uma vez que quando o projeto for levado para a Câmara Municipal é preciso apresentar um cálculo do impacto financeiro que a mudança terá, o que não é possível saber se for levado em consideração o valor futuro que ainda é incerto.
Via Correio do Estado MS
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