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Netflix vai contra a regulamentação russa e nega adicionar novos canais estatais no país

Circuito MS

9:06 01/03/2022

Na última segunda-feira (28), a Netflix anunciou que não irá adicionar canais estatais ao serviço de streaming na Rússia. A decisão ocorreu depois de cinco dias do país invadir a Ucrânia. “Diante da atual situação, nós não temos planos de adicionar esses canais ao nosso serviço”, explicou um porta-voz da Netflix.

De acordo com o jornal Politico, a plataforma de streaming começou as atividades no país em outubro de 2020 e se enquadraria nos novos regulamentos russos a partir do dia 1º de março. Com as regulações supervisionadas pelo regulador de comunicação da Rússia, Roskomnadzor, o país exige que serviços audiovisuais – neste caso a Netflix – com mais de 100 mil inscritos no país distribuam 20 canais de notícias, entretenimento e esportes com sinal aberto.

O porta-voz da Netflix não falou sobre o momento da guerra e nem se a empresa dialogou com algum regulador russo. Sendo assim, não se sabe ao certo como os serviços serão impactados. Outras grandes marcas, como Facebook, Instagram e TikTok também anunciaram restrições a canais estatais.

No domingo (27), a União Europeia anunciou a proibição, que deve ser oficializado nesta terça-feira (1). Enquanto isso, a Meta e a ByteDance restringiram o acesso a contas das agências estatais de notícias Sputnik e Russia Today. “Nós recebemos o pedido de uma série de governos e a UE deve dar mais um passo em relação à mídia estatal russa”, disse o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg.

Segundo ele, “dada a natureza excepcional da atual situação, nós vamos restringir o acesso a RT e ao Sputnik na UE neste momento. Nós vamos continuar a trabalhar de perto com os governos sobre o assunto”. Seguindo a mesma linha, o Twitter colocou marcadores de alerta em links da mídia estatal russa, o YouTube diminuiu o número de publicidades e a Microsoft pretende as propagandas russas em seus serviços, como o MSN.

Via O Globo

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