No papel desde 2021, finalização de piscina olímpica começa em 2023
11:00 28/12/2022
Governo do Estado vai repassar R$ 5 milhões para a construção de vestiários e arquibancadas no complexo aquático
No papel desde o ano passado, o complexo da piscina olímpica do Parque Ayrton Senna, em Campo Grande, começará a ser construído apenas em 2023. Ele só foi destravado após convênio assinado entre a prefeitura e governo do Estado ontem.
O montante de R$ 5 milhões para construção de vestiários, arquibancada e instalação esportiva é proveniente do Fundo de Investimentos Esportivos de Mato Grosso do Sul (FIE-MS).
O convênio foi assinado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), diretor-presidente da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), Silvio Lobo Filho, e pela prefeita Adriane Lopes (Patriota).
E faz parte do pacote de recursos de R$ 59,6 milhões do Estado para diversas obras de infraestrutura espalhadas pela Capital, conforme matéria publicada na página 7.
Segundo o presidente da Federação de Desportos Aquáticos de Mato Grosso do Sul (Fedams), Marcello Vargas Tiago, desde o ano passado, a federação vem acompanhando de perto o andamento – ou não – do projeto.
“Desde quando assumimos a federação, em 2019, estamos atrás de viabilizar a construção da piscina olímpica em Campo Grande. Tereza Cristina [eleita senadora] e Barbosinha [atualmente eleito como vice-governador] nos ajudaram na época”, disse Marcello. Tereza Cristina, que tinha sido eleita deputada federal, foi ministra do governo de Jair Bolsonaro (PP), já Barbosinha era deputado estadual.
Esta será a primeira piscina olímpica pública de Mato Grosso do Sul que, com padrão internacional, atenderá atletas da Capital e do interior que visam o alto rendimento nos esportes aquáticos, como a natação.
De acordo com o presidente da federação, o investimento da obra deve chegar a R$ 15,3 milhões, com valores divididos entre Prefeitura de Campo Grande, governo do Estado e o Fundo de Investimentos Esportivos.
O projeto consiste em um verdadeiro complexo para esportes aquáticos no Parque Ayrton Senna, com piscina olímpica de 50 metros, que terá sistema de aquecimento interno, além de construção de vestiários, banheiros, acessibilidade e cobertura para a arquibancada que deve comportar mais de mil pessoas.
A arquitetura da piscina foi desenvolvida pela empresa Ilume e seguirá as regras do padrão internacional de competições.
Procurada pela reportagem do Correio do Estado, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que a viabilidade das obras do complexo aquático no Parque Ayrton Senna para 2023 passou pela assinatura de convênio firmado junto ao governo do Estado na manhã de ontem.
“A prefeitura fará a licitação de todo o complexo, incluindo a piscina. O projeto da piscina, que conta com recursos federais, já foi aprovado pela Caixa. A licitação do complexo aquático será aberta ainda no primeiro trimestre de 2023”, resposta em nota da Sisep.
PROJETO
O projeto arquitetônico da piscina olímpica foi realizado pela arquiteta Izabella Mercante Pereira, da empresa Ilume Arquitetura. Ela viajou até a cidade do Rio de Janeiro para ter uma base de como implantar a estrutura internacional do desporto aquático aqui em Campo Grande.
“Mandamos a Izabella lá no Parque Maria Lenk, na cidade do Rio de Janeiro, que é um dos mais modernos do País, para ela fazer um workshop e ver como funciona toda a estrutura, para aplicar a arquitetura na piscina de Campo Grande, que terá tudo o que há de mais moderno”, declarou Marcello Vargas.
O Parque Aquático Maria Lenk, localizado no Rio de Janeiro, foi construído e utilizado na Olimpíada do Rio, em 2016.
O projeto de Campo Grande foi concebido em 2021, junto de uma comissão de membros de entidades da natação, com a finalidade de atender a comunidade de Campo Grande, que, além de poder utilizar a piscina para competições futuras, poderá frequentar o complexo aquático para realizar treinamentos.
De acordo com a Fundesporte, já estão sendo feitas tratativas com a diretoria da Fundação Municipal de Esporte (Funesp) para que após a construção da piscina olímpica Campo Grande se candidate para ser sede de competições nacionais de natação. Porém, nenhuma competição foi citada como objetivo dos órgãos esportivos estatais.
NATAÇÃO
Com o investimento, o nível da natação sul-mato-grossense pode alcançar novos patamares. Os principais índices técnicos de tempo, que são utilizados na natação para elencar o nível dos atletas na modalidade, são contabilizados em piscinas olímpicas.
Muitos dos competidores de Mato Grosso do Sul só conseguem melhorar no ranking nacional se participarem de campeonatos disputados fora do Estado.
“Iremos para outro patamar de treinamentos com a piscina olímpica, pois atualmente não temos piscina de 50 metros disponível para treinamento, e na natação isso é de suma importância. Todos os tempos dos atletas são em piscina olímpica. Hoje, somente fora do Estado os nadadores daqui conseguem os índices”, explicou o presidente da Fedams.
Via Correio do Estado MS
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