No primeiro semestre, exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul alcançou US$ 2,5 bilhões
17:23 13/07/2023
De janeiro a junho deste ano, a receita com a exportação de celulose alcançou US$ 776 milhões de dólares; China permanece como principal comprador
Mato Grosso do Sul alcançou US$ 2,592 bilhões com exportação de produtos industriais em 2023. Conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems, esse é o melhor resultado já alcançado para o primeiro semestre em toda série histórica. O número é 8% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
Com relação ao desempenho verificado em junho, o valor da exportação de produtos industriais alcançou US$ 479,5 milhões, indicando crescimento de 4% em relação ao mesmo mês de 2022. Esse foi o melhor resultado já registrado para o mês em toda a série histórica da exportação de produtos industriais de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende, quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 49% de toda a receita de exportação do Estado. “Já no acumulado do ano, a participação também ficou em 49%”, destacou Resende.
Entre os segmentos industriais que mais contribuíram para o valor recorde alcançado, o economista citou a fabricação de celulose, o complexo frigorífico, as indústrias de processamento de soja e milho, as usinas de açúcar e álcool, a extração de minério de ferro e a siderurgia metalmecanica.
Conforme a pesquisa, os segmentos industriais citados, somados, foram responsáveis por 96% de toda a receita de exportação entre o período de janeiro e junho de 2023.
Principais produtos
O grupo “Celulose e papel” representou 30% dos produtos industrializados entre janeiro a junho deste ano, o número representa uma receita de US$ 776 bilhões. Em junho, foram US$ 142,5 milhões.
A pesquisa revelou que os principais produtos exportados foram pastas químicas de madeira (celulose), sendo a China, os Estados Unidos, a Holanda, a Itália e a Argentina, os principais compradores.
Quanto ao grupo “Complexo frigorífico”, as exportações atingiram em junho US$ 116,1 milhões, enquanto que no acumulado do ano, o valor chegou a US$ 674,1 milhões, o que representa 26% de todos os produtos industrializados.
Neste grupo, os principais produtos comercializados foram carnes desossadas congeladas de bovino (51%), pedaços e miudezas congeladas de frango (23%), carnes desossadas e refrigeradas de bovino (15%) e carne de suíno congelada (3%). Os principais importadores foram China, Estados Unidos, Chile, Japão e Emirados Árabes.
Já com relação ao grupo “Óleos vegetais e demais produtos de sua extração”, a receita com exportações foi de US$ 106,7 milhões em junho e de US$ 564,1 milhões, 22% dos produtos exportados no período.
Os principais produtos exportados foram bagaços e resíduos da extração do óleo de soja (41%), farinhas e pellets da extração do óleo de soja (27%), óleo de soja bruto (22%), óleo de soja refinado (5%), farelo de milho e óleo de milho bruto (3%). Os principais países compradores foram Polônia, Holanda, Índia, Indonésia e Venezuela.
Demais grupos como “Açúcar e Álcool” (R$ 276 milhões), “Extrativo Minerais” (R$ 102 milhões, “Siderurgia e Metalurgia Básica” (R$ 87 milhões), “Alimentos e Bebidas” (R$ 36 milhões), “Couro e Peles” (R$ 30 milhões) e Demais produtos industriais (R$ 44 milhões), corresponde a 22% dos produtos exportados durante o período.
Via Agência Brasil
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