Obesidade infantil dispara durante a pandemia, saiba como prevenir
8:00 04/10/2021
Segundo a OMS, o número de crianças obesas pode chegar a 75 milhões no mundo, especialista alerta sobre os riscos que o excesso de peso pode causar
Uma em cada três crianças, com idade entre cinco e nove anos estão acima do peso, o que foi agravado com a pandemia da Covid-19, em que, as crianças passaram mais tempo em casa, reclusas e sem estímulos sociais da escola, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Após completar mais de um ano de pandemia no Brasil, os cuidados com a alimentação e com o corpo ganhou mais destaque, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2025, o número de crianças obesas no mundo pode chegar a 75 milhões.
Os pesquisadores acreditam que, dessas, 427 mil terão complicações como pré-diabetes; 1 milhão sofrerá de hipertensão arterial; e 1,4 milhão será vítima do acúmulo de gordura no fígado, problema grave que costuma acompanhar o excesso de peso e pode evoluir para casos de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer.
A nutricionista Ingrid Silva reforça que os cuidados com a alimentação devem começar ainda na infância, pois estudos comprovam que uma criança obesa tem muito mais chances de se tornar um adulto obeso.
“É necessário termos cuidados com a alimentação desde a infância, tanto para o desenvolvimento de hábitos saudáveis, quanto para a manutenção dos nutrientes necessários para um crescimento saudável que acaba influenciando até mesmo na fase adulta. Com a pandemia os números são ainda mais alarmantes, as crianças ficam reclusas em casas, sem praticar atividade física”, explicou.
A triste realidade não atinge somente o Brasil, em todo o mundo são mais de 158 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, convivendo com o excesso de peso, segundo estimativa da Organização Internacional World Obesity .
A nutricionista reitera a importância do exemplo dos pais nesse processo, comendo frutas, legumes e verduras e mantendo um estilo de vida saudável para que a criança cresça num ambiente também saudável e com bons exemplos.
“A obesidade deve ser vista como uma doença muito grave que acomete uma parcela significativa da sociedade. Bons hábitos alimentares devem começar na infância, com isso tendem a continuar no futuro”, destacou.
RISCOS
A obesidade é uma doença caracterizada pelo excessivo acúmulo de gordura corporal e normalmente está associada a problemas de saúde.
A doença está ligada a uma série de complicações, como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares, apneia do sono, osteoartrite, diabete, assim como a dificuldade de locomoção e dores articulares.
O aumento do peso corporal é uma tendência mundial. A nutricionista Ingrid Silva explica que a condição ocorre devido à baixa ingestão de nutrientes ou inanição e pode gerar diversos problemas de saúde como perda muscular ou anemia.
“Quanto mais cedo as pessoas se conscientizarem a ter hábitos saudáveis em relação à alimentação e buscar praticar exercício com frequência, pode-se evitar o desenvolvimento da obesidade ou começar a reverter o quadro da doença”, destacou a profissional.
Via Correio do Estado
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