Obras acima de R$ 40 milhões criam novo modelo de pecuária no Pantanal
15:50 30/07/2019
[Via Campo Grande News]
Os investimentos acima de R$ 40 milhões em obras na região do Pantanal, para melhorar as condições das estradas, criaram um novo modelo de pecuária na região, que agora reduziu os custos de transporte, agregou valor a produção e permitiu a comercialização do gado direto com os frigoríficos.
Segundo o governo estadual, este investimento em logística retirou a região do “isolamento”, o que permitiu aos pecuaristas disporem de pastagens cultivadas, usar novas tecnologias e assim potencializar a venda no comércio local, sem gastos exorbitantes com transporte e até danos com os veículos, que traziam prejuízos todo setor.
As obras são de melhorias nas estradas locais, com pavimentação, cascalhamento e integração das rodovias. Entre elas está a MS-228 que liga Corumbá a Rio Negro e Rio Verde, no trecho da “Curva do Leque” com o centro criatório da Nhecolândia.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou que esta integração (estradas) vai fortalecer a pecuária e até melhorar o turismo local, sendo o Pantanal um dos principais pontos do Estado.
Outra obra importante é a implantação de 18,8 km da MS-228 entre Aquidauana e Corumbá, no trecho da Vazante do Castelo até a fazenda Imaculada. Também foram implantados aterro e cascalho em 34 km da MS-423, da Serra da Alegria em Rio Verde, a fazenda Morrinho, que fica em Corumbá.
Integração – Além disto, ainda têm obra de 65 km da rodovia MS-228 a MS-423, também em Corumbá. Outro plano do governo estadual é integrar as estradas do pantanal do Mato Grosso do Sul ao Mato Grosso, chegando a Poconé. Na primeira fase o foco é ligar a região do pantanal de Coxim até a ponte de concreto sobre o Rio Taquari.
O governo também realiza a implantação de cascalho nos 40 km da MS-228, que já teve metade concluída. O presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, citou que agora o pecuarista está “engordando o gado”, com valor agregado e investindo mais em tecnologias.
Outra boa notícia é a redução de custos com transporte, assim como a comercialização deste gado no mercado interno, devido as boas condições das estradas. “Nos livra do atravessador e melhora o padrão do gado”, disse o pecuarista Ricardo Penna Chaves.
Quem trabalha no frete também comemora o aumento de ganho mensal, que chega a 30%. “Hoje percorremos 50 km, do asfalto (BR-262) até o leilão, em uma hora. Antes demorava pelo menos cinco horas”, disse Jorge Lopes, empresário do setor. Ainda se economiza com os danos nos veículos, que eram frequentes com as estradas antigas. “Era um sofrimento, judiava do gado e do caminhão”, revelou o caminhoneiro Dalto Trelha.
Comente esta notícia
compartilhar