As sessões de julgamento do Tribunal do Júri retornaram esta semana em Campo Grande, com o primeiro júri popular do pedreiro acusado de diversos homicídios na Capital. O julgamento foi realizado na última terça-feira, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, e culminou com a condenação do réu a 15 anos de reclusão. Outros dois julgamentos do mesmo réu estão marcados para este mês.

O segundo julgamento será realizado no dia 16 de fevereiro, a partir das 8 horas, na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Nesta ação penal, o pedreiro é acusado de matar um homem ao golpear sua nuca com um cabo de picareta. O crime teria ocorrido em 2 de maio de 2020, por volta das 6h30. De acordo com a denúncia, a vítima havia contraído no final de 2017 um empréstimo junto ao réu, no valor de R$ 3 mil.

Eles se reencontraram no final de abril de 2020, quando a vítima se comprometeu a quitar a dívida. Na oportunidade, a vítima solicitou que o réu fizesse alguns reparos em sua residência, já que trabalhava como pedreiro.

No dia do crime, ao comparecer à casa da vítima, já no fundo da residência, o acusado soube que o ofendido não poderia quitar o débito, mas que pagaria pelos serviços prestados naquele momento. Inconformado, o réu então golpeou o ofendido de costas, derrubando-o no chão e desferiu outro golpe em sua cabeça, ocasionando sua morte. O corpo da vítima foi ocultado em um poço localizado no fundo da casa.

O terceiro julgamento do pedreiro está pautado para o dia 22 de fevereiro, na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Neste processo, ele é acusado de homicídio ocorrido em 2015. O crime teria sido motivado por desentendimento com a vítima em razão da divisão de um terreno que pertencia a ambos.

A vítima teria sido golpeada com um pedaço de madeira. Após constatar a morte, o réu teria enterrado o corpo da vítima no terreno, sendo os restos mortais encontrados anos depois, após indicação do próprio réu ao confessar o crime. Ao todo, o réu responde a sete processos de homicídio em Campo Grande.

No dia 11 de fevereiro vai a júri popular um homem acusado de feminicídio. O crime teria sido praticado no início do mês de abril de 2020, quando o réu teria matado sua companheira e ocultado seu cadáver.

O desaparecimento da vítima foi notado pelas amigas que indagaram ao acusado, tendo este sustentado que a vítima teria ido embora para o Paraná e, em outra ocasião, que ela teria ido morar com outra mulher. Diante das explicações pouco convincentes, as amigas registraram boletim de ocorrência.

Durante as investigações, a perícia detectou a presença de sangue em uma edícula no fundo do terreno onde o casal residia e também no veículo do casal, comprovando-se que se tratava de sangue da vítima. O julgamento será realizado na 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Também em pauta para o mês de fevereiro outro julgamento de homem acusado de envolvimento em homicídio a mando de facção criminosa. O júri está marcado para o dia 8 de fevereiro, na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Os julgamentos começam sempre a partir das 8 horas da manhã e seguem protocolos de biosssegurança.

Via TJ MS