Pesquisadores identificam mais de 200 espécies de animais na região do Lago do Amor
16:24 22/04/2022
Pesquisa da UFMS aponta diversidade de aves, mamíferos, répteis, peixes e anfíbios no local
Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) identificaram mais de 200 espécies de animais na região do Lago do Amor, um dos cartões postais de Campo Grande.
Para ajudar na preservação dos animais presentes no local, foi elaborado um guia de identificação dos vertebrados.
Conforme o professor Fernando Rogério de Carvalho, do Instituto de Biociências (Inbio) e organizador do manual, durante a pesquisa, no total, são 231 espécies de animais já avistados na região, entre residentes e visitantes ocasionais.
Destes, são 150 tipos de aves, 30 mamíferos, 23 répteis, 19 peixes e nove anfíbios.
Entre as espécies identificadas, estão as já conhecidas, como capivaras, gatos e araras.
Porém, o manual também traz animais raros e ameaçados de extinção, que dificilmente são avistados.
“Temos mamíferos como o tamanduá-bandeira, a lontra, a anta e a cuíca d’água”, exemplifica o professor.
A cuíca d’água, segundo Carvalho, é bastante rara, categorizada como ‘dados insuficientes”.
“A gente não conhece quase nada da história de vida desta espécie, mas temos ali no Lago do Amor. Isso mostra que conservar essa área tal como ela está, com as suas propriedades mais naturais possíveis, é de suma importância para manter a fauna”, ressalta.
Ainda segundo o pesquisador, o grande número de espécies presentes no local surpreende, considerando que o Lago do Amor se localiza na área urbana.
O objetivo do guia é mostrar a diversidade da fauna escondida na região e levar conhecimento aos estudantes e população em geral.
Uma das preocupações, segundo o professor, é o descuido humano com o cartão postal da cidade, que também prejudica os animais.
Segundo ele, diante do assoreamento e da poluição, com garrafas plásticas e até pneus no Lago, os animais estão em perigo.
“Se estiver visitando uma área próxima do Lago do Amor, evite deixar o lixo. Nunca alimente os animais, seja com salgadinho ou outra comida. Eles têm toda uma história de busca do alimento na natureza e o que nós consumimos muitas vezes são processados, são alimentos danosos à saúde deles”, explica.
“Além disso, não destruir as árvores que protegem as margens dos córregos. São medidas simples, mas que contribuem para a conservação e manutenção dessa fauna”, acrescenta Carvalho.
Via Correio do Estado MS
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