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População aprova lockdown, mas comerciantes ainda criticam

Circuito MS

11:57 16/07/2020

O “semi-lockdown” publicado em decreto na edição desta quarta-feira no Diário Oficial de Campo Grande, pegou algumas pessoas de surpresa. De 17h da próxima sexta-feira (17) até às 5h da segunda-feira (20) somente os serviços considerados essenciais funcionarão na Capital.

Entre eles estão os referentes à saúde, farmácias e drogarias, postos de combustíveis e serviços de apoio em rodovias, além de hipermercados, supermercados e mercados.

A atitude mais restritiva do prefeito Marcos Trad (PSD) foi bem aceita pelo campo-grandense, sendo, inclusive, uma medida que deveria ter acontecido antes, segundo as opiniões. “Nossa saúde é precária, foi uma excelente conduta. No começo todo mundo tava achando graça ficar em casa, de ‘férias’, mas agora que as coisas estão ruim ninguém tá levando a sério”, disse Maria Vanda, de 37 anos, que atualmente está desempregada.

Pego de surpresa pela equipe de reportagem, o aposentado Ricardo dos Santos, de 70, disse que ainda não sabia do decreto, mas que ficou satisfeito com a atitude. “Agora que as coisas estão ficando ruins demais tinha que fazer mesmo. Antes ninguém sabia de nada que ia acontecer, mas agora tinha que fazer”, disse ele.

“O povo faz muita festa. É um desrespeito com a vida dos outros”, opinou a aposentada Gedalva Martins, de 75, que também achou positivo o novo decreto, que tem vigência até o dia 31 de julho. É justamente essas aglomerações que são alvo de críticas dos comerciantes, que, segundo eles, faz o lockdown não ter eficácia.

“Aqui para nós [comerciantes do centro] não vai prejudicar tanto. A gente já fecha às 17h normalmente e ficar fechado um dia não vai impactar tanto para a gente”, disse o vendedor Paulo Henrique, de 27 anos. “O problema é os donos de bares e outros. Não tem como fechar um barzinho às 17h. E com tudo fechado, a galera vai se aglomerar nas casas”, opinou ele.

Já para o empresário Flávio Carvalho, o decreto não foi um acerto, já que, para ele, quando se restringe mais os horários, mais as pessoas vão aglomerar. “[O decreto] é infundado, vai aumentar a concentração de pessoas e como consequência as infecções”, disse ele. “Uma pessoa que trabalha durante a semana e precisava fazer algo nos fins de semana, vai ter que fazer durante a semana, na hora do almoço, por exemplo”, avaliou ele, que é dono de uma conveniência.

Carvalho contou que foi à academia e percebeu uma lotação acima do normal, de pessoas que iam a noite e estavam indo mais cedo por conta do toque de recolher às 20h, em Campo Grande. O “semi-lockdown” vai durar pelos próximos dois fins de semana.

Via Correio do Estado

 

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