Prefeita volta a escalonar salário e quem ganha até 4.100 recebe amanhã
13:50 05/09/2019
[Via Campo Grande News]
Com dificuldade para pagar o salário dos servidores municipais desde o ano passado, a Prefeitura de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, vai recorrer mais uma vez ao escalonamento para pagar a folha de agosto.
Amanhã, quinto dia útil de setembro, recebem os cerca de 6.500 funcionários com salário de até R$ 4.100 líquidos. Os demais, em torno de 500 servidores, devem receber até o final da próxima semana.
O escalonamento já foi adotado neste ano, mas no mês passado a prefeitura recorreu ao parcelamento, pagando 44% do salário a todos os servidores. A estratégia foi adotada pelo então secretário de Fazenda Paulo Cesar Nogueira Junior.
Só que a medida provocou protestos contra a prefeita Délia Razuk (sem partido). Teve servidor que recebeu menos de R$ 500 e ficou sem dinheiro até para pagar transporte até os locais de trabalho. Foi o estopim para a demissão de Paulo Cesar, oficializada segunda-feira (2), a 33ª mudança na equipe da atual mandatária que ocupa o cargo desde janeiro de 2017.
Segundo a assessoria da prefeitura, nesta sexta-feira (6), 75,42% do funcionalismo público municipal recebe o salário de agosto. O restante da folha será depositado antes do final da próxima semana, informou o secretário interino de Fazenda Carlos Dobes Vieira. O montante a ser pago amanhã a 6.567 servidores totaliza RS 15,2 milhões.
Professores – A novidade neste mês é que a prefeitura decidiu pagar o salário integral a 100% dos professores com o dinheiro repassado pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Nos meses anteriores, mesmo com a verba “carimbada”, a prefeitura incluiu os professores no escalonamento e foi alvo de críticas dos educadores.
“Os servidores pagos com recursos do Fundeb e que estão em sala de aula terão o salário integral em conta nesta sexta-feira, independente do quanto ganham”, prometeu o secretário de Fazenda.
Carlos Dobes disse que o escalonamento dos salários é “uma necessidade” diante da defasagem na arrecadação. “Estamos trabalhando para mudar este cenário”, afirmou.
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