Procura por testes de covid acompanha aumento de casos e sobe em até 40% em Campo Grande
18:21 16/06/2022
Em uma farmácia na rua Treze de Maio, o gerente financeiro Lucas Gil, de 27 anos, notou a demanda por testes de Covid-19 – que são realizados no local – subir consideravelmente nesta semana. “Ontem (14) a noite veio uma mulher e hoje (15) de junho, fiz 4 testes somente no período da tarde. A três semanas atrás quase não tinha procura pra testagem”, disse ela.
No local o teste antígeno (de sangue) é comercializado por R$70,00. Já o de Swab (do cotonete) por R$120,00. “Em relação aos autotestes só uma pessoa chegou procurando. Não chegamos nem a pedir, porque não teve procura”, disse ele.
Eu uma drogaria na rua Rui Barbosa com a rua Barão do Rio Branco, o farmacêutico e bioquímico Gilberto Miranda, de 41 anos, traçou um paralelo das últimas duas semanas. “Nas última duas semanas, fiz em média 30 testes em cada semana. A procura aumentou em 40%. Só hoje (15), fiz 6 testes e desses 2 deram positivo. Há três semanas atrás, eram feitos de 3 a 4 testes por semana”, disse ele.
No local, o teste antígeno (de sangue) sai por R$ 80,00 e o de Swab (do cotonete) por R$ 100,00. Os autoteste são comercializados por R$ 69,99, mas não tem a mesma procura. “Autoteste sai pouco, nas últimas duas semanas foi vendido um.”, disse ele.
População prefere fazer no local
No cruzamento da rua Rui Barbosa com a avenida Marechal Cândido Mariano Rondon, a atendente de farmácia Debora Santiago, de 27 anos, percebe uma mudança de comportamento quando o assunto é autoteste.
“Aqui vendemos por R$ 59,90, mas a procura pelo autoteste é pequena e tem dias que não vem ninguém. Muita gente tem medo de não saber como fazer. Quando fazíamos o teste na farmácia a procura era grande”, explicou ela.
Casos mais que dobram em MS
O número acumulado de novos casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul mais que dobrou nos últimos 15 dias. Dados da SES (Secretária de Estado de Saúde) mostram uma evolução exponencial se levados em conta os boletins dos dias 24 e 31 de maio, e 7 e 14 de junho. Lembrando que os boletins têm sido divulgados semanalmente toda terça-feira com acumulados dos últimos sete dias.
No dia 24 de maio, MS registrou 409 novos casos em uma semana com média móvel de 58,7. Sete dias depois, no boletim dia 31 de maio, os casos confirmados saltaram para 2.594 com média móvel de 370,6. Somadas as duas semanas analisadas até aqui, o total de casos foi de 3.003.
A quinzena seguinte, as duas primeiras semanas de junho, portanto, mostram como há uma explosão de notificações no Estado. No boletim do dia 7 de junho, foram registrados 3.516 casos notificados com média móvel de 502,3. Já aí houve mais notificações em uma semana do que nas duas anteriores somadas.
No último boletim, desta terça-feira (14), o número de notificações foi de 4.090 casos com média móvel de 584,3. Somadas as semanas dos dias 7 e 14 de junho, são 7.606 novos casos, mais que o dobro da quinzena anterior. Até o momento, Mato Grosso do Sul registrou 542.248 casos desde o começo dos registros.
Via Midiamax
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