Segue sem acordo o reajuste salarial dos professores da Rede Municipal de Ensino (REME). Na segunda-feira (07), a ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação) irá entregar uma nova proposta ao prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, usando como base a Lei do Piso Nacional.

Sindicato e Prefeitura estão em negociação há semanas, mas nenhuma das partes quer dar o braço à torcer. O Município alega não ter dinheiro em caixa para cumprir com o reajuste determinado pelo Governo Federal, de 33,24%, já neste ano letivo.

A categoria não aceitou a proposta de reajuste escalado de 67,13% até 2024, que foi a última oferta do prefeito. Os professores pedem o aumento de 36,29%, com reajustes de 5% agora em março, 20,78% em maio de 2022 e 5,06% em outubro de 2022, ou seja, a categoria busca pelo reajuste do piso nacional e querem que seja retirada do texto a condicional sobre a lei de responsabilidade fiscal, para que tenham mais segurança jurídica caso o acordo seja fechado.

O texto encaminhado não dá garantia que a correção do piso nacional vai ser aplicado a lei e não diz quando vai ser corrigido.”, pontua o presidente da ACP, Lucílio Nobre. O presidente afirmou ainda que “a proposta não foi rejeitada, mas vamos ajustar o texto para dar mais segurança jurídica para a categoria.

Nobre explicou que um novo texto que será encaminhado na segunda-feira (7) ao prefeito com maior embasamento jurídico e com a lei do piso salarial e com isso ficam no aguardo de uma resposta até a quarta-feira (9) e, caso não cheguem a um acordo, haverá uma paralisação da categoria com possibilidade de greve. “Teremos uma assembleia para votar greve no dia 16”, frisou o presidente da ACP.

De acordo com ele, são mais de dois anos sem reajuste, com diversos direitos funcionais congelados e enfrentando desafios imensos com a pandemia de Covid-19, seja no âmbito pedagógico ou na infraestrutura. “Infelizmente após quatro rodadas de negociação, a prefeitura ainda não atendeu à reivindicação da categoria, mas nossa luta está avançando e seguiremos mobilizados para defender o Piso 20h da REME”, finalizou Nobre.

Via Enfoque MS