PSOL e PSTU discutem nome para disputar governo de MS no fim de semana
14:57 12/03/2018
[Via Midiamax]
Insatisfeitos com os rumos da política estadual, partidos de esquerda de menor alcance como o PSTU e o PSOL – chamados comumente de “nanicos” – anunciaram que irão lançar candidaturas próprias ao governo do Estado, porém a escolha dos nomes deve ficar para depois deste fim de semana, quando ambos os partidos farão reuniões internas.
“A ideia nossa é suprir de candidaturas classistas e revolucionárias todas as seis etapas da eleição, desde os deputados estaduais até à Presidência da República”, revela o militante Suél Ferranti (PSTU), que se candidatou a prefeito de Campo Grande nas últimas eleições.
Segundo Suel, entre os nomes mais à frente da discussão para pré-candidatura ao governo do Estado pelo PSTU está o professor Marco Monje, que disputou o cargo nas últimas eleições de 2014, e obteve 0,15% dos votos – cerca de 2 mil votantes em todo Estado.
“O Monje está mais a frente justamente por já ter essa experiência de ter disputado as eleições, mas ainda estamos totalmente abertos quanto a isso”, diz. Outro nome cotado seria o de Ederlon Ferra Correia (PSTU), ex-funcionário dos Correios demitido, segundo o partido, devido à sua atuação sindical.
Suél disse também estar à disposição do partido para se lançar a cargos nas diferentes esteiras, mas não para o governo do Estado. “O meu nome está a disposição, assim como o de qualquer militante que tenha condições de apresentar uma candidatura para a classe trabalhadora”, disse.
Já no PSOL, a escolha está principalmente entre o candidato a prefeito de Dourados nas últimas eleições, professor Ênio Ribeiro, e o ex-candidato à Prefeitura de Ribas do Rio Pardo, o advogado João Alfredo.
Segundo o presidente municipal do partido, Henrique Nascimento (PSOL), o partido também pretende lançar Rosana Santos para a disputa de uma vaga ao Senado Federal. Rosana se candidatou ao cargo de prefeita na capital, mas teve sua candidatura indeferida.
A escolha de demais parlamentares ainda está aberta. “O PSOL abre espaço para movimentos sociais, para as lideranças comunitárias e juventudes que queiram se candidatar a uma vaga de deputado estadual ou federal”, diz Henrique.
Insatisfação política
Outro nanico, o PCdoB, também manifesta descontestamento com as atuais candidaturas ao governo do Estado, porém o partido não tem definido se irá lançar uma candidatura própria ou apoiar aquelas que considera mais adequadas aos seus interesses.
“Nós defendemos uma frente ampla para retomada da democracia e do desenvolvimento regional. Estamos conversando com outros partidos dos setores de esquerda, como PT, PDT, PV, para buscar alianças”, diz Mário Fonseca, presidente estadual da sigla.
“Não descartamos a candidatura única, mas nossa tendência é buscar essa composição”, diz ele. Assim como PSOL e PSTU, o PCdoB também fará uma reunião neste domingo (18), em que discutirá novos rumos do partido, em Campo Grande.
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