Geral

Queda média do IGPM 2022 pode trazer menor taxa na negociação do aluguel

Circuito MS

8:49 31/08/2022

Índice Geral de Preços-Mercado é utilizado para corrigir contratos de aluguel e serve de indexador de algumas tarifas, como da energia elétrica

Divulgada nesta terça-feira (30) – pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) -, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de agosto caiu 0,70% e, caso a queda sinalizada se transforme em tendência, os contratos de aluguel poderão ser negociados com uma menor taxa.

Conforme o economista Michel Constantino, “os contratos de aluguel são muito específicos para analisar”, entretanto, espera-se que, com essa queda, todo o Índice Geral caia em 2022, sinalizando sinal verde para negociações com menores taxas.

Segundo a FGV, agosto aparece com essa queda diante de 0,21% de alto em julho. No ano, a alta do IGP-M fica acumulada em 7,63% – sendo 8,59% de crescimento registrado no período de 12 meses.

Se comparado com o mesmo período de 2021, os números apresentam melhor resultado, uma vez que em agosto do ano passado o índice havia subido 0,66% e acumulava alta de 31,12% em 12 meses.

“Esse resultado [referente à agosto de 2022] é pontual, que vem da redução dos impostos, só terá efeito no mercado de imóveis se continuar reduzindo ou perdendo tração nos próximos meses”, explica o economista.

Michel ainda frise que, esse 0,70% a menos representa sim – e pode ser encarado como – um “sinal de melhora”, uma vez que, “redução de preços sempre melhora a economia e aumenta o poder de compra”.

Índice Geral

Sendo uma espécie de “termômetro” de como está a economia brasileira, o IGP-M é usado para entender as mudanças quanto ao valor da moeda e as alterações nos preços, ou, basicamente, indica quanto o dinheiro da população está valendo.

Vale ressaltar que, além dos contratos de aluguel, existem outros que podem ser atualizados seguindo o índice, como:

  • Mensalidade de escolas e universidades;
  • Tarifa de energia elétrica;
  • Algumas modalidades de seguro;
  • Planos de saúde.

Conforme o coordenador dos Índices de Preços, André Braz, com a redução do ICMS e dos preços na refinaria, os combustíveis fósseis são os responsáveis pela influência nos resultados do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e ao Consumidor (IPC), ambos com taxa negativa em agosto.

“No índice ao produtor, as quedas nos preços da gasolina (de 4,47% para -8,23%) e do Diesel (de 12,68% para -2,97%) ajudaram a ampliar o recuo da taxa do índice. Já no âmbito do consumidor, passagens aéreas (de -5,20% para -17,32%) e etanol (de -9,41% para -9,90%) também contribuíram para o arrefecimento da inflação”, comenta o coordenador.

Surgindo ainda na década de 1940, o IGP-M mantém um histórico regular, mensal, de divulgação e, por esse motivo, é citado em vários contratos público-privados dos mais diversos segmentos.

Assim como os outros dois indicadores(IGP-10 e IGP-DI) – o IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, assim como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil.

Sendo que as variações apuradas por esse índice, correspondem ao período entre o dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta, os demais que compõe o IGP funcionam da seguinte forma.  O IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles.

Via Correio do Estado MS

Comente esta notícia