Queda no preço de combustíveis pressiona deflação na Capital
10:39 11/05/2020
Índice que mede a inflação registrou queda de 0,43% em abril
Puxada pela queda no preço dos combustíveis, a inflação de abril ficou negativa em Campo Grande. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de -0,43%, seguindo a tendência do índice nacional, que fechou abril em -0,31%.
Esta é a menor variação mensal para o IPCA desde janeiro de 2014, quando a pesquisa começou a ser realizada em Campo Grande. No ano, o IPCA acumula alta de 0,68%. O valor registrado em março de 2020 foi de 0,56 %. Em abril de 2019, o índice havia ficado em 0,52%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram deflação em abril e o maior impacto negativo do mês, -0,61 ponto percentual (p.p.), veio do grupo Transportes (-2,89%). A segunda contribuição negativa mais intensa (-0,07 p.p.) veio dos Artigos de residência (-1,68%), cuja queda foi mais intensa que a registrada em março (-0,96%).
Os demais grupos ajudaram na deflação foram Comunicação (-0,55), Saúde e cuidados pessoais (-0,28%), Despesas pessoais (-0,16%) e Educação (-0,10%).
A queda no grupo dos Transportes se deu principalmente pelo recuo observado nos preços dos combustíveis (-7,32%), em particular e a gasolina (-9,31%), que apresentou o maior impacto individual negativo no índice do mês. Além da gasolina, o etanol (-8,44%)e o óleo diesel (-4,38%) também apresentaram queda em abril.
O segundo maior em queda foi o grupo Artigos de residência, influenciado pela queda dos itens mobiliário (-4,54%), com destaque para o subitem móvel infantil (-5,79%); e do item eletrodomésticos e equipamentos (-3,19%), com destaque para o subitem refrigerador (5,64%).
Já do lado das altas, o grupo Alimentação e bebidas (1,28%),acelerou em relação a março, com impacto de 0,26 p.p. no IPCA de abril. Entre os produtos que puxaram a alta do grupo alimentação, estão a cebola (58,95%), batata-inglesa (17,26%), feijão-carioca (17,30%) e do leite longa vida (12,59%). Já as carnes apresentaram queda de 1,56% apesar da alta no mês anterior (1,71%).
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, passou de 0,20% em março para 0,82% em abril, influenciada pela alta do lanche (3,17%). A refeição vem registrando comportamento instável por vários meses consecutivos. Em março esse item havia tido um leve aumento de 0,19%, porém fechou abril negativo atingindo a marca de -0,40%. Ainda registraram alta os grupos Vestuário (0,83%) e Habitação (0,32%).
NACIONAL
O IPCA é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mensalmente. No Brasil a queda registrada em abril foi de -0,31%, enquanto a taxa registrada em março foi de 0,07%. Esta é a menor variação mensal para o IPCA desde agosto de 1998 (-0,51%). No ano, o IPCA acumula alta de 0,22% e, nos últimos doze meses, de 2,40%, abaixo dos 3,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2019, a taxa havia ficado em 0,57%.
Regionalmente, 14 das 16 áreas pesquisadas tiveram deflação em abril. O menor índice ficou com a região metropolitana de Curitiba (-1,16%), por conta da queda nos preços da gasolina (-13,92%). Já o maior resultado foi registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,18%), em função das altas nos preços das passagens aéreas (15,83%) e da energia elétrica (1,33%).
Via Correio do Estado
Comente esta notícia
compartilhar