Política

‘Se vereador dorme durante a votação, não é problema meu’, dispara Telles

Circuito MS

12:50 22/03/2018

[Via Midiamax]

Dois dos 26 vereadores presentes na sessão desta quinta-feira (22) na Câmara de Campo Grande e que aprovaram o projeto que autoriza a suplementação de R$ 11,6 milhões para a Prefeitura reclamaram e quiseram registrar ao final da reunião que eram contra a proposta.

O projeto foi votado em bloco e em regime de urgência. A princípio, somente o projeto que prevê fraldários em shoppings centers para acesso masculino estava na pauta. O da suplementação e o projeto de bem-estar animal foram acrescentados em regime de urgência.

Entretanto, o presidente João Rocha (PSDB) abriu a votação nominal inclusive com análise das Comissões no plenário dos projetos. Após a autorização, ambos foram votados e aprovados.

Ao final da sessão, o vereador Dr. Lívio (PSDB) usou a tribuna para afirmar que era contra o projeto de suplementação e que, apesar e ter votado a favor, era contra. “Quero que fique registrado que tem um ‘jabuti’ no projeto”.

Vinicius Siqueira (DEM) também pediu o registro. “Dos R$ 11,6 milhões, R$ 9 milhões são para o IMPCG [Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande]. A Prefeitura tem que ajeitar a previdência e não simplesmente jogar mais dinheiro lá dentro. Uma das justificativas do projeto era suplementar dinheiro para o Femis, mas isso é conversa fiada. São só R$ 600 mil para as emendas parlamentares”.

Líder do prefeito na Casa, o vereador Chiquinho Telles (PSD) afirmou que o projeto estava desde o dia 12 na Câmara. “O projeto passou por todas as comissões pertinentes. Se vereador dorme durante a votação não é problema meu. Acho que você não pode dormir durante a sessão. Inclusive o líder do PSDB votou a favor”.

Questionado sobre a atenção às atividades da Casa, o vereador Siqueira explicou porque votou a favor. “A gente estava conversando de mesa em mesa com os colegas. Aí você ouve ‘votação em bloco’, mas não me dei conta. Projetos dessa importância têm que ser votados separadamente, não em bloco”. O vereador ainda afirmou que ‘causa estranheza o modo de operar do Executivo’. “Isso não está legal”, finalizou.

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